SÃO GONÇALO DO AMARANTE RN-Presidente da Abav cobra segurança nos acessos ao aeroporto


Abav
Empresário Abdon Gosson, presidente da Associação Brasileira das Agências de Viagem no Rio Grande do Norte (Abav)

O empresário Abdon Gosson, presidente da Associação Brasileira das Agências de Viagem no Rio Grande do Norte (Abav), cobrou ações mais efetivas do poder público para o combate da violência nos acessos ao Aeroporto Internacional Aluízio Alves, em São Gonçalo do Amarante, na região metropolitana de Natal. Segundo o representante do trade turístico, a criminalidade vem afetando os resultados do setor ao longo dos últimos anos.

“Não podemos mais ficar calados. É algo inaceitável. Os três acessos ao aeroporto [Aluízio Alves] são perigosos. Como o turismo pode ser tratado desse jeito?”, reclamou ele, que foi entrevistado pelo programa “Manhã Agora”, da rádio Agora FM.

Segundo o empresário, as vias de acesso ao terminal aéreo precisam de iluminação pública e de presença ostensiva da Polícia Militar. “As viaturas têm de ficar circulando pelos acessos”, pontuou.

De acordo com informações da Secretaria Estadual de Turismo (Setur), a Polícia Militar aumentou o efetivo na região e o governo também espera encerrar, em até 60 dias, a instalação da iluminação nas vias de acesso ao Aluízio Alves.

Na visão de Abdon Gosson, a falta de segurança estrutura rodoviária que liga Natal ao aeroporto beira “o absurdo”. Ele relatou que clientes da agência de turismo que administra já planejam ações para garantir um translado seguro até o local de embarque. “Levei grupos de jovens para os Estados Unidos. Na volta, nos grupos de WhatsApp, os pais estavam organizando uma caravana de retorno, para garantir segurança dos filhos. Não podemos mais ficar calados. É algo inaceitável”, exasperou.

O problema da violência, ainda de acordo com Abdon Gosson, também se soma à crise econômica enfrentada nos últimos anos pelo setor do turismo potiguar, algo que se reflete na perda de visitantes para os outros estados do Nordeste. “Temos uma concorrência muito forte dos nossos vizinhos do Nordeste, como Paraíba, Pernambuco e Ceará”, avaliou.

Ele espera uma maior atenção do poder público para fortalecer o turismo potiguar. “Precisamos que os governantes se sensibilizem. O turismo é a maior indústria geradora de emprego do Nordeste, do Brasil e do mundo. Então, se é o setor que mais gera emprego com mais rapidez, por que não priorizar o turismo 24 horas por dia?”, questionou.

O presidente da ABAV falou das diferenças de investimentos dos governos do Ceará e do Rio Grande do Norte no turismo. O estado vizinho cearense, por exemplo, tem um orçamento previsto para o setor turístico de R$ 30 milhões. Por outro lado, a governo potiguar dispôs cerca de R$ 6 milhões para este ano. “Se o turismo recebesse uma maior atenção, como é o que ocorre hoje no Ceará e em Pernambuco, por exemplo, nós estaríamos numa situação econômica muito melhor hoje”, complementou.

Sobre a questão das tarifas aéreas, uma reclamação constante da população e dos representantes do setor turístico, Abdon Gosson não vislumbra uma melhora dos preços a curto prazo. Para ele, a redução das alíquotas do ICMS para o querosene de aviação, promovido em julho passado pelo governo do Estado, demorou muito tempo para acontecer. Com isso, explica o empresário, a redução ainda vai demorar a acontecer. “A redução chegou tarde, pois o destino mais caro do Brasil é Natal. Esperamos que ocorra a consolidação dos novos voos para a redução das passagens”, encerrou.

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