SÃO GONÇALO DO AMARANTE RN-Ex-presidente do Sinduscon-RN critica longevidade de mandatos em entidades


José Aldenir / Agora Imagens

Arnaldo Gaspar Jr, ex-presidente do Sindicato da Construção (Sinduscon-RN)

Fora da presidência do Sindicato da Construção do RN desde o fim do ano passado, quando concluiu seu segundo mandato consecutivo à frente da entidade, o engenheiro Arnaldo Gaspar Jr., ligado à construção pesada, explicou porque quase apoiou a tese do terceiro mandato do presidente da Federação da Indústria, Amaro Sales, mas voltou atrás.

Em entrevista ao jornalista Roberto Guedes, âncora do programa Agora Debate, da 97,9 FM, desta quinta-feira, 26, Arnaldo Jr disse que quase foi convencido a apoiar o terceiro mandato de Amaro Sales, subscrito por outros 28 sindicatos da indústria, quando lhe disseram que isso poderia ajudá-lo a galgar a presidência da CNI – Confederação Nacional da Indústria.

Depois de impor, como condição para o apoio do Sinduscon RN, que tão logo Amaro conseguisse seu intento na CNI, novas eleições na Fiern seriam convocadas e obteve um “não” como resposta, ele voltou atrás e retirou sua assinatura.

“Conheço todas as pessoas envolvidas, gosto delas, tenho amizade e afeto por elas, mas é preciso que as coisas andem, que haja rotatividade, mudança”, afirmou Arnaldo Jr, que voltou a reforçar seu apreço pessoal por Amaro Sales.

Disse que o mau exemplo de se perpetuar em cargos na Fiern veio da cúpula da CNI e que deve ser revisto para o bem da entidade e de todos que ela representa.

Citou o exemplo do superintendente do Sebrae RN, Zeca Melo, que considera pessoa integra e competente, “mas que está faz uns 16 anos do cargo”.

Afirmou que, às vezes fica, curioso como as coisas acontecem no Rio Grande do Norte, que elegeu como governadora Rosalba Ciarlini, do DEM, quando o governo central estava nas mãos do Partido dos Trabalhadores e que agora, quando o governo central está nas mãos de Jair Bolsonaro, do PSL, elege Fátima Bezerra, do PT.

Disse que o estado não tem feito boas escolhas desde que deixou de eleger como governador Fernando Bezerra e errou novamente ao não elegê-lo como senador anos depois. Mas que respeita a democracia e espera que Fátima Bezerra se integre às plataformas econômicas do atual governo.

Observou que, durante a gestão de Rosalba Ciarlini, que antecedeu a de Robinson Faria, ela sempre foi bem recebida pelo governo do PT.

Sobre a atual gestão do presidente Bolsonaro, o empresário disse esperar um apego menor ao Estado que “os militares sempre tiveram em outros tempos”.

 

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