EDMILSON GOMES COBRA INVESTIMENTOS DE PAULO EMÍDIO E CAUSA DÚVIDAS SE É BASE OU OPOSIÇÃO

Foto: Wendell Jeferson

O vereador Edmilson Gomes (PMDB), conseguiu emplacar a esposa, Maria Auxiliadora de Lima Gomes, no cargo de diretora administrativa e financeira da Fundação de Cultura Dona Militana, com salário de R$ 5,2 mil.

O cargo sugere que o peemedebista, reeleito para a Câmara de São Gonçalo do Amarante, RN, após uma votação apertada com 1.109 votos, voltou a ser base de apoio ao governo. Mas o discurso do pastor e vereador Edmilson deixa margem para dúvidas.

Na sessão legislativa da última terça-feira, 07, por exemplo, Edmilson Gomes foi “armado” e disposto a questionar o novo prefeito da cidade.

Fez um discurso de elogios, mas também de questionamentos e cobranças nas entrelinhas tanto para o ex-prefeito como para o atual. Foi aquela fala do tipo bate e assopra, daqueles que faz elogios e não deixa de alfinetar.

O vereador tratou de imprimir e levar para Câmara, uma cópia na íntegra, do discurso que o prefeito Paulo Emídio (PR) fez durante abertura do ano legislativo, no dia 02 de fevereiro. O pastor grifou no texto as partes que considerava mais importantes. Disse que teve o cuidado de “ler e reler o discurso do prefeito”, e afirmou “sentir falta de algumas coisas” na fala do gestor.

FOGO AMIGO – Edmilson Gomes, chegou elogiando a lei de incentivo à cultura que vai destinar percentual de impostos municipais para projetos locais. Depois iniciou uma sessão de elogios seguidos de cobranças ao atual governo.

“Senti falta do que o prefeito vai fazer no esporte”, disse o vereador, lembrando do discurso do prefeito no início do ano. “Cadê a mensagem do prefeito para a Secretaria do Idoso que foi votado na reforma administrativa de vários cargos que essa casa votou?” falou.

Lembrando que não era adversário do governo, questionou que “faltava uma mensagem voltada para os idosos”.

Se dizendo aliado, Edmilson Gomes afirmou, que Paulo Emídio indicou a própria filha para o cargo de secretária adjunta dos idosos. “Não existe um secretário, mas existe uma secretária adjunta que é a filha do prefeito, e que está assumindo a secretaria do idoso”.

“Senti falta de uma mensagem do prefeito, com relação a violência. O quê que a prefeitura vai fazer, qual a contribuição que nosso município vai dar na questão da segurança pública? A violência está assustando os nossos munícipes”, alfinetou.

Ao falar de educação, o vereador lembrou do sucateamento do ensino público, e afirmou que gostaria de chegar para uma criança do sétimo ano do ensino fundamental, que ela soubesse “ler o discurso do prefeito”, ressaltando a dificuldade de aprendizagem dos estudantes locais.

“As mães estavam dizendo que nas escolas as crianças estavam passando de ano sem saber ler e sem saber escrever. E isso é verdade”, disse, ele reclamando do mandato do ex-prefeito Jaime Calado, aliado de Paulo Emídio.

“Gostaria de terminar o mandato e que as pessoas não precisassem de procurar nenhum vereador para conseguir um médico de uma especialidade mais avançada, ou para agilizar um exame que faz lá um ano, dois anos, que mandou para secretaria (saúde) e não tem resposta. Que essas unidades de saúde, lindas e maravilhosas, que elas pudessem com apoio do nosso prefeito, possa dar agilidade para que os serviços básicos pudessem funcionar, sem precisar de favor político” cobrou Gomes.

“O prefeito traz aqui na sua mensagem que já existe R$ 9 milhões para se construir um hospital em São Gonçalo do Amarante. Será que ao invés de construir esse hospital, não seria melhor se essa média complexidade funcionasse? De que os exames e cirurgias para nosso povo funcionasse?”, pontuou o vereador do PMDB