SÃO GONÇALO DO AMARANTE RN-Diretor do Instituto Seta diz que um terço dos eleitores decide voto nas últimas 48h


Agora RN
Para Daniel Menezes, é difícil comentar pesquisas elaboradas por outros institutos

O diretor do Instituto Setas, Daniel Menezes, que realizou uma série de pesquisas sobre as disputas eleitorais no primeiro turno e foi certeiro em praticamente todos os casos, principalmente em relação à eleição ao senado da República, prevendo a vitória de Styvenson Valentin e Zenaide Maia, com Geraldo Melo à frente de Garibaldi Alves, disse que o método que ele usou foi praticamente o mesmo de sua concorrência.

Para Daniel Menezes, é difícil comentar pesquisas elaboradas por outros institutos. Contudo, ele deixou claro o que muita gente já desconfiava: muitas pesquisas são feitas pelo telefone, devido à falta de tempo das pessoas e das dificuldades – por conta da falta de segurança – de entrar em condomínios. “Ibope, Datafolha e Big Data fizeram pesquisas assim, mas no Brasil se acerta muito mais do que erra, principalmente se nos compararmos aos Estados Unidos. Lá, o erro é mais comum”, destacou.

Outra característica desta eleição é o tipo de “puxador de votos”, no caso, o presidenciável Jair Bolsonaro. Segundo Daniel Menezes, Lula já exerceu essa função em muitas eleições, inclusive para prefeitos. Mas agora há outra questão: Bolsonaro não teve tempo de televisão, levou uma facada, quase não falou e isso sem contar a falta de recursos financeiros. Para ele, esse fenômeno pode ter duas razões: a insatisfação com a falta de segurança, a intolerância com os casos escabrosos de corrupção. “De qualquer forma, a campanha na televisão não fez tanto efeito, quanto o que foi realizado nas redes sociais. Isso merece ser estudado”, diz o cientista político em entrevista à rádio 96FM.

Sobre as previsões para o segundo turno, Daniel Menezes não quer cravar resultados, fará mais pesquisas, mas garantiu que muita gente vai querer surfar na onda Bolsonaro. Para ele, o fato de Haddad ter ido visitar Lula várias vezes não “colou” porque o ex-presidente está preso e já faz tempo que ele saiu do poder. “Dificilmente alguém consegue reverter uma diferença dessas. Por isso, Haddad terá muito trabalho”, avalia.

Quanto ao cenário local, Daniel Menezes observou que o crescimento de Brenno Queiroga foi fator que determinou o segundo turno e que Robinson Faria perdeu muito voto na última hora para Carlos Eduardo Alves, justamente porque, em sua avaliação, um terço dos eleitores deixa para decidir nas últimas 48 horas, após o último debate. Daniel Menezes disse, ainda, que não existe essa coisa de pesquisa favorável a um candidato. Para ele, quem fizer isso, só faz uma vez porque todas as pesquisas são auditadas.

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