A economia do Rio Grande do Norte deverá receber, até o final de 2015, a título de 13° salário, pouco mais de R$ 1,9 bilhão, aproximadamente 1,1% do total do Brasil e 6,9% da região Nordeste. Esse montante representa em torno de 3,6% do PIB estadual.

No estado, o contingente de pessoas que receberá o décimo terceiro foi estimado em 1,1 milhão, o correspondente a 1,4% do total que terá acesso ao benefício no Brasil. Em relação à região Nordeste, esse percentual é de 6,6%.

Os empregados do mercado formal, celetistas ou estatutários, representam 52,2%, enquanto pensionistas e aposentados do INSS equivalem a 46,1%. O emprego doméstico com carteira assinada participa com 1,8%.

Em relação aos valores que cada segmento receberá, nota-se a seguinte distribuição: os empregados formalizados ficam com 66,8% (R$ 1,2 milhão) e os beneficiários do INSS, com 23,3% (R$ 446,7 milhões), enquanto aos aposentados e pensionistas do estado do Regime Próprio caberão 9,9% (R$ 189,2 milhões).

Diferente dos dados nacionais, onde houve queda de 0,3% inferior ao calculado em 2014, o número de pessoas que receberá o 13º salário no RN em 2015 é 0,8% superior àquele calculado para o ano passado. Estima-se que aproximadamente 9.317 mil pessoas passarão a receber o benefício por terem requerido aposentadoria ou pensão, por terem se incorporado ao mercado de trabalho ou ainda por terem tido o seu vínculo empregatício formalizado.

Para efeito de comparação com 2014, quando o DIEESE estimou que cerca de R$ 1,77 bilhão entrariam na economia em consequência do pagamento do 13º, o valor apurado neste ano indica um crescimento da ordem de 7,8%, abaixo da inflação estimada para o ano. O valor médio para o 13º pago no Rio Grande do Norte é de R$ 1.444,58. Esta média, porém, não incluem o pessoal aposentado pelo regime próprio dos estados e dos municípios, cujo quantitativo não foi possível obter.

BRASIL*

A economia brasileira deve receber até dezembro uma injeção de cerca de R$ 173 bilhões adicionais por causa do pagamento do 13º salário, segundo estimativa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O montante – que vai beneficiar cerca de 84,4 milhões de trabalhadores do mercado formal, inclusive empregados domésticos, contribuintes da Previdência Social e aposentados e beneficiários de pensão da União – responde por aproximadamente 2,9% do Produto Interno Bruto (PIB).
Pelos cálculos do Dieese, os beneficiários pelo 13º receberão em média R$ 1.924,00 adicionais até dezembro. O cálculo do Dieese leva em conta dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), ambos do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

Também foram consideradas informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), referente a 2012, e informações do informações do Ministério da Previdência e Assistência Social (MPAS) e da Secretaria Nacional do Tesouro (STN).

No caso da Rais, o Dieese considerou todos os assalariados com carteira assinada, empregados no mercado formal, nos setores públicos (celetistas ou estatutários) e privado, que trabalhavam em dezembro de 2014, acrescido do saldo do Caged de 2015 (até setembro).

Beneficiados

Cerca de 60,2% do total de beneficiados (50,8 milhões de pessoas) que serão beneficiadas com o pagamento adicional do 13º salário este ano são empregados formais. “Entre estes, os empregados domésticos com carteira de trabalho assinada somam 1,916 milhões equivalendo a 2,3% do conjunto de beneficiários do abono natalino”, diz a nota do Dieese. O montante a ser recebido pelos empregados formais é de R$ 121,7 bilhões.

Mais de um terço do total é de aposentados ou pensionistas da Previdência Social. Estas duas categorias somam um contingente de 33,6 milhões de pessoas, ou 38,6% do total de beneficiados. Além desses, cerca de 1,2% do total (979 mil pessoas) se referem aos aposentados e beneficiários de pensão da União. O total a ser recebido por essas categorias soma R$ 51,5 bilhões.

“Há ainda um conjunto de pessoas constituído por aposentados e pensionistas dos estados e municípios (regime próprio) que vai receber o 13º e que não puderam ser quantificados”, pondera o Dieese.

*Com dados do Estadão