Reflexões para Compreender as Crianças e suas Emoções


O ato de Compreender a Si mesmo contempla um estado de vigília permanente, auto-organização, coragem para aprender a partir das falhas pessoais, e, finalmente, lucidez para compreender que os erros cometidos, quando reciclados, qualificam nossa experiência de vida…
“Apenas porque um hábito faz parte de uma tradição centenária, isso não quer dizer que seja coisa necessária ou útil…”
12 Reflexões para Compreender as Crianças e suas Emoções

A sensibilidade de uma criança não pode ser medida tomando como exemplo o modelo de sensibilidade de um adulto…

Introdução…

Não são as grandes coisas que fazem a diferença, mas os pequenos detalhes que muitas vezes quase não percebemos…

Um dos pontos mais críticos e dramáticos nas relações entre pais e filhos são as emoções. Ocorre que nem sempre levamos em conta a importância do lado emocional nos grandes e pequenos conflitos. Por isso mesmo, compreender esse processo pode ser a saída mais inteligente para uma convivência pacífica, cujo efeito benéfico logo se estenderá para além das fronteiras do lar.

Afinal de contas, é lá fora que nossas crianças mais irão precisar de Equilíbrio Emocional. E longe dos nossos olhos, poderão sucumbir às emoções negativas, se em casa assimilaram isso dos pais ou cuidadores. Lembre-se, o repertório cognitivo de uma criança ainda não é suficiente para que ela seja capaz de ponderar, refletir e suportar de forma lúcida um trauma emocional, algo que, para um adulto, seria coisa irrelevante.

Assim, cientificado o adulto, seu papel será repassar esse conhecimento em forma de orientação consciente para suas crianças. Sem esquecer, entretanto, que o exemplo pessoal ainda tem o poder de ser o melhor e mais eficiente guia cognitivo do mundo.

Como nem todo adulto recebeu de berço um tutorial orientando como lidar mesmo com as próprias emoções, a seguir, relacionamos 12 Reflexões sobre o estado Emocional Infantil que poderão servir como inspiração nessa edificante e oportuna tarefa.

Sobre as Emoções Infantis…

  • Se no adulto as emoções produzem determinados choques, na criança, essas perturbações assumem caráter muito mais sério.
  • A criança se encontra num período de instabilidade em razão do seu crescimento. Sua psique ainda não possui parâmetros para dar consistência à sua personalidade, por isso, Ela vive em um estado de desequilíbrio contínuo.
  • Isso explica como, muitas vezes, a criança passa do choro ao riso, de uma atividade a outra, com uma grande rapidez, sem nenhum motivo aparente.
  • Sendo grande a sua vida afetiva, estará a criança mais sujeita aos choques emocionais do que os adultos.
  • Além disso, ela não dispõe de energias físicas, nem possui resistência para suportar a manifestação dos estados emocionais, especialmente aqueles patológicos.
  • Além da gravidade da crise emocional, com todo o cortejo de efeitos maléficos sobre a vida infantil, é preciso destacar a presença de um fator importante de que a criança é desprovida: a clareza da inteligência ou repertório de experiências pessoais.
  • O adulto, sofrendo o choque da emoção, procura logo conhecer a situação e assim restabelecer o equilíbrio perturbado.
  • A criança, entretanto, não dispõe de suficiente compreensão para se orientar. Então, o choque se prolonga através de sua hesitação, da desordem física e mental que a emoção produziu.
  • Criança não é um adulto de pequeno porte, ela é imatura, incompleta, e sua fisiologia emocional ainda carece de anos de experimentos até criar seu próprio repertório psicocognitivo.
  • Ela é ansiosa por natureza, faz parte do instinto animal. Assim, é fundamental que o adulto compreenda que o melhor remédio para a ansiedade nesse estágio da vida é ter paciência e atenção com seus filhos, condições que permitirão aparar os excessos antes que eles se fixem naquela personalidade infantil ainda emergente de forma negativa.
  • Lembre-se, adquirir um mau hábito é coisa muito simples, removê-lo depois, nem tanto.
  • Finalmente, lembre-se sempre de que as crianças são emocionais por natureza, uma vez que a razão ainda não faz parte do seu lastro pensênico. Por isso mesmo, uma agressão psicológica terá seu peso multiplicado muitas vezes, de modo negativo e permanente, na formação de sua personalidade.

Claro que esta lista é parcial. Existem muitos outros casos onde a regra se aplica. Permaneça com seu estado de atenção em alerta máximo!

Texto revisado e ampliado por Ester de Cartago, para o Site de Dicas, a partir do original produzido pelo Professor e Psicólogo Guerino Casassanta, para a Revista do Ensino – 1962 – Porto Alegre – Brasil.

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Levany Júnior

Levany Júnior é Advogado e diretor do Blog do Levany Júnior. Blog aborda notícias principalmente de todo estado do Rio Grande do Norte, grande Natal, Alto do Rodrigues, Pendências, Macau, Assú, Mossoró e todo interior do RN. E-mail: [email protected]

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