A PALAVRA DO DIA -“O Senhor conhece os que são seus, e qualquer que profere o nome de Cristo aparte-se de toda forma de mal. (II Tm 2:19)


 

Por A.W. Pink

Pela nossa queda em Adão, não só perdemos o favor de Deus, mas também a pureza da nossa natureza, portanto, precisamos nos reconciliar com Deus para que seja renovado o nosso homem interior, pois sem santidade pessoal “ninguém verá o Senhor” ( Heb: 12:14). “Como Aquele que vos chamou é santo, assim sejam também santos em toda maneira de viver (comportamento), porque está escrito: Sede santos porque eu sou santo” (1. Pet 1:15, 16). A natureza de Deus é de tal forma que, a menos que sejamos santificados, não poderá haver relação entre Ele e nós.

Mas ai surge uma pergunta: Podem as pessoas serem pecadoras e santas ao mesmo tempo? Os cristãos genuínos descobrem tanta carnalidade, sujeira, e vileza em si mesmos, que acham quase impossível ter a certeza de que são santos de verdade. Essas dificuldades são em parte resolvidas na justificação, reconhecendo que, embora totalmente profanos em nós mesmos, somos santos em Cristo, porque a Escritura ensina que aqueles que são santificados por Deus, são santo em si mesmos, embora a natureza do mal ainda não tenha sido removida completamente deles.

Como isso acontece?  Quem não for “puro de coração” nunca verá a Deus” (Mateus 5:8). Deverá haver a renovação da alma através de uma profunda mudança de pensamentos, sentimentos e vontade, que terão que ser trazidos para uma harmonia com Deus. Não poderá haver apenas uma submissão parcial a vontade revelada de Deus nas questões de fé, amor e abstinência do mal. Não, deverá existir um direcionamento de todas as nossas ações para a glória de Deus, por Jesus Cristo, segundo o Evangelho. Deve haver um espírito de santidade no trabalho dentro do coração do crente, a fim de santificar as ações que pratica, se quiser ser aceitável a Deus, em quem “não há trevas”.

Há alguns que parecem deliciar-se com a santidade imputada por Cristo no momento da justificação, que têm pouca ou nenhuma preocupação sobre a sua santidade pessoal. Eles têm muito a dizer, “ a minha alma se alegrará no meu Deus; porque me vestiu de roupas de salvação, e cobriu-me com o manto de justiça…” (Is 61:10), mas não dão nenhuma evidência de que eles “estão vestidos com as vestes de que Pedro fala, “Semelhantemente vós jovens, sede sujeitos aos anciãos; e sede todos sujeitos uns aos outros, e revesti-vos de humildade, porque Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes.” (1 Ped. 5:5), ou com vestes de misericórdia, “Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade…”(Colossenses 3:12).

Quantos hoje, afirmam confiar a Cristo todo o pecado que aconteceu no passado, entretanto não se importam pessoalmente em serem santos? Sob o pretexto de honrar a fé, até Satanás se passa por um anjo de luz. Ele enganou e continua enganando multidões de almas. Quando a “fé” dessas pessoas é examinada e testada à luz da bíblia, o que existe realmente de concreto? Absolutamente nada!  Nada que confirme até agora uma segura entrada para o Céu. E qual é a causa disso? Uma vida vivida sem poder, uma coisa infrutífera. A fé dos eleitos de Deus invariavelmente produz “o conhecimento da verdade que é segundo a piedade” (Tito 1:1). A verdadeira fé é uma fé que purifica o coração (Atos 15:9), e se entristece com toda a impureza. É uma fé que produz uma obediência incondicional (Hb 11:8). Esses contraditórios crentes praticam uma fé que os ilude diariamente, de que estão se aproximando do céu, enquanto na verdade, eles estão seguindo os cursos que levam apenas para o inferno. Aqueles que pensam em vir para o gozo de Deus sem serem pessoalmente santos, profanam o Todo Poderoso, colocando indignidade sobre Ele. A genuína fé salvadora faz brotar não só as flores da teoria da piedade, mas também os frutos da verdadeira piedade.

Em Cristo, Deus colocou diante de seu povo um padrão de excelência moral que obriga todo candidato a discípulo a procurar viver esse padrão. Em Sua vida vemos uma representação gloriosa em nossa própria natureza da caminhada de obediência que Ele exige de nós. Cristo conformou-se a nós através de Sua encarnação humilhante. É razoável, portanto, que devamos conformar-nos a Ele no caminho da obediência e da santificação. “Deve existir em vocês os mesmos sentimentos que houve em Cristo Jesus” (Fp 2:5). Ele chegou tão perto de nós, então é razoável que devamos nos esforçar para chegar tão perto Dele quanto possível. “Tomai meu jugo sobre vós e aprendei de mim” (Mateus 11:29). Se “também Cristo não agradou a Si mesmo…” (Rm 15:3), também é razoável que devamos nos obrigar a negarmos a nós mesmos e tomar nossa cruz para segui-Lo (Mateus 16:24), pois sem fazê-lo, não poderemos ser seus discípulos (Lucas 14:27).

“Aquele que diz está unido com Cristo, deve andar como Ele andou” (1 João 2:6).

“O Senhor conhece os que são seus, e qualquer que profere o nome de Cristo aparte-se de toda forma de mal. (II Tm 2:19)

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Levany Júnior

Levany Júnior é Advogado e diretor do Blog do Levany Júnior. Blog aborda notícias principalmente de todo estado do Rio Grande do Norte, grande Natal, Alto do Rodrigues, Pendências, Macau, Assú, Mossoró e todo interior do RN. E-mail: [email protected]

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