A conta só aumenta e a preocupação com o risco do rebaixamento também. O ABC chegou ao 19º jogo sem vencer nesta Série B do Campeonato Brasileiro, ao empatar em 1 a 1 com o Atlético-GO, na Arena das Dunas. Foi o sétimo empate sob o comando de Hélio dos Anjos, que tem ainda quatro derrotas como treinador da equipe. Como mandante, são 15 partidas sem conquistar o resultado positivo, sendo nove empates e seis derrotas. O risco do rebaixamento à terceira divisão é de 99% e nem o presente do Padre Marcelo Rossi, que deu um terço a Hélio dos Anjos foi suficiente para que o Mais Querido voltasse a vencer na competição.

Após a partida, Hélio dos Anjos não conseguiu esconder o clima de preocupação e demorou a ir para a entrevista com os jornalistas. Questionado sobre a marca negativa à frente do clube alvinegro, lamentou mais uma chance perdida e ressaltou que não vai entregar o comando técnico do time, função que ocupa a cerca de 50 dias.

– Eu não vou deixar esse grupo de jogadores ou deixar o clube sem oferecer um pouco mais. A tentativa não é só minha. A tentativa é de todo o grupo para buscar esse resultado. Esses números doem. O clube está sentido, seja o torcedor, seja o funcionário e nós temos que oferecer o algo mais. Hoje poderia ter saído uma vitória e ela não precisa com o nosso time jogando bem – disse Hélio dos Anjos.

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Em entrevista ao RN TV 1ª Edição desta terça-feira, o Padre Marcelo Rossi tirou um terço do próprio punho e pediu para que o objeto fosse entregue ao treinador abecedista. Hélio dos Anjos recebeu a encomenda, mas lamentou que a ajuda não tenha sido suficiente para livrar a equipe da má fase. O comandante ainda disse que o que falta ao ABC é “aprender a fazer gol”.

– Não pense que eu ficar aqui, porque recebi o terço do Padre Marcelo Rossi. Eu não vou  transferir a responsabilidade para ele, a responsabilidade é nossa. Mais uma vez, fizemos um primeiro tempo desequilibrado. O nosso time tem que aprender a fazer gol. Jogo como esse é decisivo, porque o adversário está muito bem equilibrado na competição. Os nosso números são vivos e a cada hora que passa, a corda aperta. Nós temos que definir melhor, tínhamos que fazer os gols que nós criamos e terminar o jogo mais dentro do campo do adversário. Nós temos as nossa dificuldades e a questão do gol é muito problemática no nosso grupo – finalizou.