NATAL RN-Professor põe a mão na massa e sugere solução ao porto de Natal


Dois anos debruçado sobre uma prancheta, com milhares de horas de pesquisa pela internet, levaram Milton França a projetar alternativas econômica e ambientais de resolver o problema, nascendo o projeto de um complexo portuário integrado a partir da Redinha

José Aldenir / Agora RN

Professor Milton França, um histórico ambientalista e assessor pedagógico da Secretaria Municipal de Educação de Natal
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A recente visita de uma comitiva de empresários chineses ao Rio Grande do Norte ressuscitou dois antigos problemas logísticos que tem custado caro à economia do estado: falta de um porto mais estruturado e transporte ferroviário ligando as áreas produtoras ao terminal.

Não é de hoje que essas dívidas existem.  Mas há dois anos, por conta própria, o professor Milton França, um histórico ambientalista e assessor pedagógico da Secretaria Municipal de Educação de Natal, resolveu pôr a mão na massa.

Dois anos debruçado sobre uma prancheta, com milhares de horas de pesquisa pela internet, levaram Milton a projetar alternativas econômica e ambientais de resolver o problema, nascendo o projeto de um complexo portuário integrado a partir da Redinha.

Depois de estudar a limitação clara de calado superior e inferior para navios de cargas e passageiros cada vez maiores e de uma ponte (a Newton Navarro) que inviabiliza a entrada de grandes navios de cruzeiros e, ainda, por não ter defensas nos pilares, condena o terminal a operar só durante a luz do dia, Milton balizou todas as suas sugestões a partir de imagens de satélite.

No estudo, todo documentado, ele sugere a criação de uma península com 14 hectares de área na área protegida estuarina. Ao contemplar a área, enxergou potencialidades para a construção de um cais de 1.100 metros em linha tanto para grandes navios de cargas quanto de passageiros. E, viu espaço para a instalação de uma marina na face interna nova da península.

O projeto de Milton tem até uma sigla: CIPLATEM – Complexo Integrado Portuário, Logístico, Ambiental, Turístico, Energético e de Mobilidade de Natal. Se o nome parece extensamente ambicioso, reunindo uma série de operações em um único lugar, pode apostar que é.

“Parte do pressuposto desse plano se baseia no fato que é uma grande tolice pulverizar atividades portuárias quando se pode economizar bilhões em recursos concentrando tudo num complexo único, com mais sinergia, inteligente e sustentável, que incluiria a criação e gerenciamento ambiental de áreas de preservação o respeito às comunidades tradicionais que habitam no entorno”, resume o professor.

Ele lembra que dos problemas atuais do canal portuário de Natal é que o quebra mar da foz termina antes de se alinhar com o paredão dos arrecifes, o que provoca, em maré vazante, uma complicada navegação no acesso. Cita que, por esse motivo, algumas embarcações já foram arremessadas contra as pedras, o que destruiu, anos atrás, até uma corveta da Marinha..

Praia da Redinha (José Aldenir/Agora RN)

Para evitar isso, a proposta dele é alongar o quebra mar para oferecer estabilidade de fluxo hídrico nessa foz, que seria também a do terminal da Redinha.

“Os 1.100 metros de cais poderiam ser divididos em três berços, com calado de 18 metros e uma bacia de evolução de 450 metros e canal de acesso sem qualquer limitação de calado superior”, sugere.

O professor argumenta, ainda, que como a costa do RN é muito rasa, apresentando dificuldade de se construir terminais próximos ao continente, a solução preferencial seria construir portos ilhas, o que não seria necessário a médio prazo.

Para Milton, reunir atividades sob um mesmo guarda-chuva administrativo e, de preferência, privado, reduziria custos pelo rateio de despesas como a implantação e a manutenção de dragagem (que seria uma atividade permanente), quebra-mar, manutenção do cais, retro porto e outros tantos custos.

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