A Divisão Especializada em Combate ao Crime Organizado (Deicor), da Policia Civil, deflagrou, na manhã desta quarta-feira (8), a Operação “Colômbia”, na qual 15 pessoas suspeitas de praticar o crime de agiotagem em Natal foram presas, sendo dez colombianos, um equatoriano e quatro brasileiros.

Os seis meses de investigação apontam que a organização criminosa emprestava dinheiro a pequenos comerciantes, cobrando taxas de juros que chegavam a 20% ao dia. Caso a vítima não conseguisse pagar a dívida, o grupo a pressionava através de ameaças. A quadrilha, inclusive, chegou a tomar bens de vítimas. A equipe da Deicor constatou ainda que uma das vítimas da organização cometeu suicídio após ser ameaçada pela quadrilha.

Durante a ação, foram cumpridos 9 mandados de busca e apreensão e 9 mandados de prisão, expedidos pelo juízo da 8ª Vara Criminal de Natal, resultando na prisão dos colombianos: John Fredy Marin; Jhofre Antônio Lerna Alzate, vulgo “Julio”; Yeizon Andrés Baquero Delgado; Guillermo Rastiblanco Delgado; Eveyer Ortega Ortiz, vulgo “Santiago”; Monica Alejandra Serna Rubiano; Sandra Lorena Rubiano Aranha; Rosa Otília Aranha Correa; Stiven Castaño Montoya; e Oscar Herman Gonzalez Romero. Além dos colombianos, a Polícia Civil também prendeu o equatoriano Sérgio Dumas Perea Carlozoma, vulgo “Ed”, e os quatro brasileiros: Genilson Lourenço de Araújo; Anderson Teixeira de Brito; Linderval de Oliveira Pedro da Silva; e Cícero Kledson Silva.

Na Operação “Colômbia” ainda foram apreendidas oito motos, um veículo Renaut Sandero, cerca de R$74 mil, cadernos com anotações das dívidas, notebooks, celulares e cartões de divulgação e cadastro das vítimas.

De acordo com a delegada Sheila Freitas, titular da Deicor, os líderes do grupo viviam uma vida de luxo em Natal e é possível que a quadrilha tenha ramificações em outros estados. “Temos notícias de grupos de estrangeiros que agem de forma semelhante em outros estados do país como Rio de Janeiro, Paraíba e Ceará. A Operação deflagrada hoje é apenas o pontapé, sabemos que existem outros integrantes”, finalizou a delegada da Especializada. Todos os acusados responderão pelos crimes de associação criminosa e crime contra a economia popular. Os detidos estão à disposição da Justiça.