MOSSORÓ RN-Servidores prometem “apagão” no Hospital Tarcísio Maia nesta sexta, 11


Maia nesta sexta, 11

Crédito da foto: Reprodução/Redes SociaisDurante “apagão”, só serão atendidos casos de urgência e emergência

Amina Costa/Jornal De Fato

O atraso no pagamento do salário está fazendo que os servidores da saúde do Estado do Rio Grande do Norte ameacem deflagrar uma paralisação, a partir da próxima semana. Nesta sexta-feira, 11, será realizado um movimento denominado “apagão” no Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM), segundo maior hospital do estado, no qual serão atendidos apenas os casos de urgência.

Esse mesmo movimento é realizado em Natal, no maior hospital regional do estado, o Walfredo Gurgel, nesta quinta-feira, 10. Hoje, os servidores da saúde se reúnem em assembleia para discutir se será aprovada a greve da categoria, a partir da próxima segunda-feira, 14. Os servidores afirmam que essa possibilidade de greve depende das negociações com o Governo do Estado.

“Na assembleia que será realizada nesta quinta, em Natal, será definido se os servidores vão entrar em greve ou não. Esta decisão vai depender da proposta de pagamento dos salários atrasados dos servidores da saúde. Caso não seja sinalizada nenhuma proposta de pagamento, possivelmente a saúde entrará em greve”, informou João Morais, coordenador geral do Sindicato dos Servidores da Saúde do RN (SINDSAÚDE), regional de Mossoró.

O “apagão”, que ocorre em Natal e ocorrerá nesta sexta, 11, em Mossoró, é, de acordo com o coordenador do sindicato, um grito de socorro dos servidores da saúde, uma vez que eles não têm previsão de receber o salário de dezembro, o 13° salário de 2018. João Morais disse ainda que alguns servidores ainda não receberam o 13° salário de 2017.

“O ‘apagão’ vai ser instituído devido à situação atual que se encontra o servidor público, principalmente o da saúde, que não receberam os salários de dezembro, nem o 13° salário de 2018. A proposta apresentada pelo Governo do Estado desagradou à categoria, que aprovou em assembleia a realização do ‘apagão’, em que apenas os serviços de urgência e emergência serão atendidos”, explicou o sindicalista.

João Morais explicou ainda que, no ato que será realizado nesta sexta-feira, os servidores vão impedir a entrada de pacientes que não se enquadrem nos critérios de urgência e emergência. Ele explicou que serão atendidos casos de tentativa de homicídio, acidentes com fraturas, casos de pacientes com infarto, casos de queimaduras, entre outros de grande gravidade.

“Nós não vamos deixar de atender a população, mas sim, vamos impedir que pacientes que buscam serviços que devem ser ofertados por Unidades Básicas de Saúde (UBSs) sejam atendidos no HRTM. Infelizmente, muitas pessoas buscam o hospital para que sejam feitas trocas de curativos e verificação de pressão. Entendemos que isso ocorre devido a problemas que ocorrem nas UBS, mas essa função não é de um hospital de emergência”, explicou o coordenador do Sindsaúde.

O Sindsaúde explica que o débito do Governo com os servidores é de R$ 1 bilhão. “O Governo do Estado deve aproximadamente R$ 1 bilhão, só em atraso salarial, e ainda não definiu data para o pagamento do débito. Enquanto isso, os servidores públicos estão enfrentando muitos problemas pela falta de salário, o Governo deve aos servidores o restante do pagamento do 13° salário de 2017 e da folha de novembro para quem ganha acima de R$ 5 mil, e também o 13° salário de 2018, e a folha de dezembro para todos os servidores públicos estaduais. Não temos outra alternativa, temos que lutar”, informa o sindicato.

João Morais destacou ainda que, além da situação de superlotação e falta constante de medicamentos, os servidores estão trabalhando com o psicológico abalado, diante da falta de dinheiro para honrar com as contas e com os compromissos. Ele lembra ainda que os servidores aposentados estão tendo conseqüências maiores, porque estão sendo “esquecidos” pelo Governo.

“A situação está ainda mais crítica, porque os servidores estão trabalhando com o psicológico abalado, tendo a possibilidade de corte de água ou luz, devido à falta de dinheiro. Achamos um desrespeito privilegiar uma categoria em detrimento da outra para o pagamento dos salários. Os aposentados são os que mais estão sofrendo, porque todas as propostas excluem esses servidores da folha de pagamento”, relatou.

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