MOSSORÓ RN-Cultura do Melão caminha para grande exportação


ha para grande exportação

Por Josivan Barbosa

O Centro Tecnológico do Negócio Rural (CTARN – UFERSA) que se dedica ao estudo do negócio rural do Polo de Agricultura Irrigada RN – CE estima para a safra 2019/2020 uma produção de melão e melancia acima de 20 mil hectares, sendo cerca de 50% destinado ao mercado externo, principalmente o mercado da Comunidade Econômica Europeia (UE).

Os principais grupos produtores de melão e melancia na atual safra são: Agrícola Famosa, Copyfrutas, Grupo Real (grupo dos japoneses), Grupo Unifrutas, Grupo Brazil Melon, Grupo Mata Fresca e as empresas, Vita Mais,  Bollo Brasil, Salutaris, CMR, Agrícola Potiguar, Terra Santa e pequenos produtores do Córrego Mossoró, São Romão, Maisa, Oziel Alves e Pau Branco.Tipos de melão

Os principais tipos de melão produzidos serão o melão amarelo e pele de sapo (grupo inodorus) e os melões tipo cantaloupe (cantaloupe americano e o italiano), melão galia, Orange flesh e Dino.

As principais microrregiões produtoras de melão na safra atual são: Chapada do Apodi (região compreendida entre o distrito de Soledade, Sítio do Góis e a divisa de Apodi com os municípios de Severiano Melo e Tabuleiro do Norte), Mata Fresca e Cacimba Funda (Aracati),  Grande Maisa (Pau Branco, São Romão, Oziel Alves, Maisa, Córrego Mossoró, Icapuí (Fazenda Flamengo da Agrícola Famosa), Upanema, Macau e Jandaíra, Afonso Bezerra e Pedro Avelino.

A região de Mossoró ainda produz melão e melancia na Grande Maisa e na microrregião da Fazenda Santa Júlia (área arrendada para a Agrícola Famosa) e na fazenda Califórnia, que pertencia a Nolem (desativada em 2008). A fazenda Bollo Brasil também está localizada no município de Mossoró. Esta fazenda tem uma outra área produtiva próximo ao distrito de Baixa do Meio entre Macau e Guamaré.

Abacate

Depois de ampliar a produção de mamão formosa no Polo de Agricultura Irrigada RN – CE, o produtor precisa despertar para a importância do abacate no mercado externo. Hoje o Peru é o principal produtor e exportador da América do Sul. O país exporta mais de 300 mil toneladas, sendo cerca de 60% para a Europa e 30% para os Estados Unidos, mas a China e o mercado asiático como um todo tem muito interesse na aquisição do fruto.

O México é outro grande produtor de abacate e chega a exportar para os Estados Unidos mais de 1 milhão de toneladas a cada ano. O Chile também se destaca na produção de abacate, juntamente com Quênia  e África do Sul.

Melão e melancia orgânicos

Está na hora dos produtores de frutas do Polo de Agricultura Irrigada RN – CE iniciar a produção de melão e melancia orgânicos visando os mercados externo (Europa) e interno. A região possui um know how de quase 40 anos na produção e exportação de frutos tropicais para as mais diferentes regiões do país e do exterior, principalmente para a Comunidade Econômica Européia (UE) e Estados Unidos o que, com certeza, contará muito na diferenciação com outros países na produção de melão e melancia orgânicos. A aceitação desses produtos nos mercados internos e externos cresce a cada dia e, assim, não podemos mais perder tempo.

CHESF no RN

A Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (CHESF) pode ter que pagar uma indenização considerável em função de atraso na entrega de linhas de transmissão na região do Mato Grande. A Serveng, que utilizaria a linha para entregar energia gerada em dez parques eólicos naquela região a partir do fim de 2012, diz que foi prejudicada pelo atraso da obra, acarretada com vários tipos de perdas financeiras. Com potência instalada de 170 MW. Na região, a empresa opera os dez parques iniciais – Ventos Potiguares – e outros cinco construídos depois, totalizando uma potência de 295 MW.

No valor da ação, o perito considerou compra de energia no mercado spot (R$ 111 milhões), repactuação de contrato de financiamento com BNDES (44 milhões) e receita deixada que deixou de obter no período, entre outros itens. No projeto, conhecido como Ventos Potiguares, a Serveng investiu R$ 767,8 milhões, sendo R$ 556,3 milhões financiados pelo BNDES.

Dinheiro do petróleo

O dinheiro da cessão onerosa que os estados e municípios estão aguardando ser redistribuído pela União não poderão ser utilizados para o pagamento de pessoal. O destino deve ser limitado a pagar dívidas com a União, pagar precatórios judiciais e investimentos. O megaleilão vai arrecadar R$ 106 bilhões em bônus de assinatura, de acordo com o governo. Como a Petrobras ficará com R$ 33,7 bilhões, sobrarão R$ 72,3 bilhões. Deste total, 30% ou R$ 21,7 bilhões vão para Estados e municípios.

Rio Apodi-Mossoró

Está na hora do Governo do Estado incentivar a formação de um consórcio intermunicipal com aval do Estado para a revitalização do nosso principal rio, o Apodi-Mossoró.

A fonte dos recursos poderia ser o Fonplata (Fundo Financeiro para o Desenvolvimento da Bacia do Prata) que pretende aumentar substancialmente o volume das aprovações de empréstimo para o Brasil.

No Brasil, a maior parte das aprovações e desembolsos aconteceu para projetos em municípios do interior de São Paulo, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul, envolvendo multiprojetos urbanos, o que inclui saneamento, pavimentação de vias, transporte coletivo, construção de ciclovias e revitalização de parques. Além dos seis projetos aprovados em carteira, outros oito estão em preparação. Em 46 anos de existência, apenas 14 projetos, já concluídos, contaram com recursos do Fonplata, quase todos no Sul do país.

A fim de aumentar sua presença no país, o Fonplata passou a permitir empréstimos para projetos fora da Bacia do Rio da Prata ou em localidades fronteiriças, os únicos autorizados a receber recursos desde a fundação do Fonplata em 1974. Inicialmente, a expansão visa as regiões Norte e Nordeste do Brasil e o sul da Argentina.

Josivan Barbosa é professor e ex-reitor da Universidade Federal Ruraldo Semiárido ((UFERSA)

Categoria(s): Artigo

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