México, Equador e Argentina têm os melhores sistemas de saúde da América Latina


Segundo o último relatório da Numbeo, México, Equador e Argentina, nesta ordem, lideraram o ranking de melhor sistema de saúde da América Latina em 2021.

O Índice de Saúde por país, da Numbeo, é uma estimativa da qualidade geral do sistema de saúde e leva em consideração as seguintes informações, a nível público e privado:

– Habilidade e competência dos profissionais de saúde;

– Velocidade na conclusão de exames e relatórios;

– Equipamento para diagnóstico e tratamento moderno;

– Precisão e integridade no preenchimento de relatórios;

– Capacidade de resposta (espera) em instituições médicas;

– Custo e conveniência de localização.

Na lista latino-americana o Brasil aparece em 10º lugar, obviamente atrás dos três primeiros colocados e também do Uruguai, Colômbia, Guatemala, Chile, Costa Rica e Panamá.

Se forem considerados todos os países do Continente Americano, o Canadá e os Estados Unidos aparecem em segundo e terceiro lugares, respectivamente, atrás somente do México. Portanto, o sistema de saúde brasileiro passaria a ocupar a 12ª posição na América.

No índice global, os asiáticos são os campeões em índices de saúde. Taiwan ocupa a primeira colocação absoluta, seguido por Coréia do Sul em segundo lugar e Japão, em quarto. Na Europa, França, Dinamarca e Espanha são os melhores colocados, aparecendo em 3º, 5º e 6º lugares, respectivamente.

Imagem: Pixabay
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Panorama dos países latino-americanos na lista global de saúde

O primeiro dos países latino-americanos, México, está em 23º lugar na lista global, enquanto Equador e Argentina estão em 31º e 33º, respectivamente. O Uruguai aparece na 35ª posição, a Colômbia na 39ª, a Guatemala na 43ª e o Chile na 49ª. Estes são os países latinos mais bem posicionados entre os 50 melhores sistemas de saúde do mundo.

Posteriormente estão a Costa Rica (51º), Panamá (57º) e Brasil (65º). Para países como Paraguai, na América do Sul, ou alguns outros da América Central e Caribe, nenhuma informação está registrada.

No outro extremo do espectro, Venezuela (93º), Bangladesh (92º) e Azerbaijão (91º) estão no final da lista, como os países com os piores índices de saúde.

Metodologia da Numbeo

Numbeo é uma plataforma colaborativa que compila informações atuais e oportunas sobre as condições de vida mundiais, incluindo custo de vida, indicadores de habitação, saúde, trânsito, crime, poluição, entre outras estatísticas.

Na área da saúde, a medição é feita a partir de pesquisas com usuários que avaliam o índice de atenção à saúde nos sistemas púbico e privado dos seus países, englobando a qualidade geral do sistema de saúde, profissionais de saúde, equipamentos, médicos, simpatia  e atenção com os pacientes, tempo de espera em instituições médicas, capacidade de resposta, custos, etc.

Para gerar o índice, que é atualizado semestralmente, são usados dados de 36 meses atrás, no máximo. Além disso, a plataforma inclui apenas cidades para as quais há pelo menos um certo número de colaboradores. As perguntas para este levantamento são semelhantes a muitas pesquisas científicas e governamentais.

O site é operado pela Numbeo doo, empresa registrada na Sérvia, cujo fundador é um ex-engenheiro de software do Google. As pesquisas são devidamente filtradas para remover potencial Spam.

Perspectivas contrastantes

Apesar de o estudo posicionar o México como um dos países com melhor sistema de saúde, outras medições indicam o contrário. De acordo com um estudo recente da IMCO (Instituto Mexicano para la Competitividad), cerca de 16 milhões de mexicanos carecem de proteção financeira à saúde. Em meio ao Covid-19, abundam as histórias sobre armadilhas burocráticas que podem impedir os pacientes de acessar os pronto-socorros de hospitais públicos ou privados.

Segundo o “Panorama da Saúde” (“Health at a Glance”) 2020, publicação conjunta da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) e Banco Mundial, inteiramente dedicada à região da América Latina e Caribe, é necessário uma séria reflexão não apenas sobre como garantir mais financiamento para a saúde, mas também sobre como gastar melhor os recursos. O gasto médio com saúde nos países da ALC é de 6,6% do PIB, inferior aos 8,8% dos países da OCDE. Os índices variaram de 1,1% na Venezuela, 9,2% no Uruguai a até 11,7% em Cuba, em 2017.

Os gastos de saúde por sistemas governamentais ou seguridade social obrigatória representam, em média, 54,3% do gasto total com saúde na ALC, significativamente inferior aos 73,6% da OCDE. Isto mostra que os sistemas de saúde na região da ALC são fortemente dependentes de gastos privados, ou seja, gastos próprios ou de seguros complementares. Honduras, Haiti e Guatemala têm as maiores proporções de gastos privados, enquanto Cuba e Costa Rica têm as menores.

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