Macau RN;Brasil ‘ganharia’ R$ 495 bi com maior uso de serviços digitais


Ter que ir ao banco para pagar as contas e ficar preso nas filas é uma obrigação comum a muitos brasileiros. Mas, além de incômoda, a tarefa tem um impacto bilionário no produto interno bruto (PIB) do país – 495 bilhões de reais, para ser mais exato. A conclusão é de pesquisa sobre o uso de recursos digitais para atividades financeiras, da consultoria Mckinsey, divulgada neste mês.

O estudo estima quanto dinheiro seria acrescentado à economia de países em desenvolvimento se fossem adotadas mais ferramentas digitais para serviços bancários, empréstimos, pagamentos, seguros, entre outros. No caso do Brasil, o total “ganho” pela economia do país com as transações digitais seria de 495 bilhões de reais (152 bilhões de dólares) em 2025. Esse valor está dividido em 297 bilhões de reais em ganho de produtividade, 153 bilhões de reais em aumento de investimentos e 45 bilhões de reais em mais postos de trabalho. Nos países em desenvolvimento, segundo o estudo, o potencial é de 3,7 trilhões de dólares (12 trilhões de reais).

Na conta da McKinsey estão tanto a maior adoção de aplicações digitais pelas instituições tradicionais, como bancos e corretoras, quanto novos negócios provenientes de empresas financeiras totalmente baseadas no mundo virtual – as chamadas fintechs. Com suas atividades baseadas na rede em vez de contar com grande infraestrutura no mundo físico, essas empresas oferecem custos menores e conseguem alcançar população que fica de fora do sistema financeiro.

“Sistemas financeiros obsoletos implicam que bancos e outras instituições financeiras em países emergentes estão desenhados principalmente para servir os indivíduos mais ricos, grandes negócios e instituições públicas que movimentam grandes quantias de dinheiro”, diz o relatório. A estimativa é que 1,6 bilhão de pessoas não utilizem serviços financeiros digitais apenas nos países emergentes.

No Brasil, 32% da população adulta não tem conta bancária, segundo a McKinsey. Uma das empresas que trabalham de olho nesse público é a Zuum. A companhia de meios de pagamento é uma união operacional (joint venture) entre a Mastercard e a Vivo que foi criada em 2013 para realizar transações financeiras como transferências, pagamentos de contas recarga de vale transporte. Todo o serviço é feito por meio de um aplicativo para celular, o que significa que não necessariamente a pessoa precisa ter conta bancária para usar o serviço. É possível também fazer saques de dinheiro em caixas eletrônicos.

Para o diretor de marketing da empresa, Eduardo Abreu, há espaço para atingir mais gente além dos cerca das 600.000 pessoas que já baixaram o aplicativo em seus celulares. “Cobrimos 90% das necessidades de transação de quem não está bancarizado”, afirma.

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Levany Júnior

Levany Júnior é Advogado e diretor do Blog do Levany Júnior. Blog aborda notícias principalmente de todo estado do Rio Grande do Norte, grande Natal, Alto do Rodrigues, Pendências, Macau, Assú, Mossoró e todo interior do RN. E-mail: [email protected]

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