MACAÍBA RN-Ex-senador “não vê vantagem” em manter empresas como Potigás e Caern


José Aldenir / Agora RN

Ex-senador Fernando Freire

O empresário e ex-senador Fernando Bezerra disse nesta quarta-feira, em entrevista à 98 FM, que a governadora eleita Fátima Bezerra estará às voltas com os mesmos problemas de salários atrasados da gestão anterior se não se posicionar claramente sobre o ajuste fiscal e a reforma previdenciária.

“Não tem saída”, previu Bezerra, que fez questão de deixar claro que toda a classe produtiva, sem exceção e independente de ideologia, deve empenhar seu apoio à governadora eleita. “Ela foi legitimamente eleita e não podemos nos furtar de colaborar com seu governo neste momento”, afirmou.

Ele, no entanto, não está otimista com a situação financeira do RN. “Quando era menino, no Colégio Marista, o Piauí era o estado mais pobre do Nordeste e a Paraíba não era lá essas coisas. Hoje, é o Rio Grande do Norte que desfruta dessa péssima posição, com um déficit de R$ 1,3 bilhão que promete ampliar rapidamente”, resumiu.

O ex-senador, que foi Ministro da Integração Nacional no governo Fernando Henrique (1999 a 2001) disse não vê qualquer vantagem para o governo manter empresas como a Potigás e a própria Caern dentro da estrutura do estado, já que existem investidores externos com dinheiro para adquiri-las.

Ele teme que a governadora eleita se mantenha fiel ao discurso corporativista de Estado e que a realidade fiscal se encarregará de corroer essa relação com os servidores pela simples e óbvia realidade – não existe mais dinheiro para custeio e muito menos para investimento.

Outra urgência, segundo Fernando Bezerra, é reunir os poderes, como o Legislativo e Judiciário, e fazer que eles vejam que não há sentido nenhum que eles mantenham sobras, quando o Estado não consegue nem mais honrar o salário dos servidores.

“É um crime que enquanto um servidor da elite ganha seus R$ 30 mil de salário em dia, enquanto o trabalhador de salário mínimo continue no atraso, sem condições de alimentar os fios e manter a casa”, lembrou o ex-senador.

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