Inquéritos de mais de 2 mil homicídios não foram concluídos no RN, diz MP


mossoro_1

O Ministério Público do Rio Grande do Norte aponta que mais de dois mil inquéritos de crimes de execução deixaram de ser concluídos no estado em 16 meses. A informação foi dada em coletiva de imprensa concedida nesta terça-feira (26) pelo procurador-geral de Justiça, Rinaldo Reis Lima, e pela coordenadora do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça Criminais (Caop Criminal), Luciana Andrade D’Assunção, sobre o projeto institucional para combate a subnotificação de homicídios no Rio Grande do Norte.

Os dados referentes ao período entre janeiro de 2013 e abril deste ano mostram que 2015 crimes de execução não tiveram os inquéritos encaminhados à Justiça. De acordo com o MP, no ano passado foram abertos inquéritos para investigar 299 homicídios, todos encaminhados à Justiça. Por outro lado, 1.600 inquéritos de crimes de execução não foram concluídos.

O relatório quadrimestral divulgado nesta terça pelo órgão ministerial mostra que outros 415 homicídios ficaram subnotificados de janeiro a abril deste ano. No total foram 550 vítimas de execução nos municípios monitorados até abril. Desse total, apenas 135 chegaram até a Justiça após instauração de inquérito policial. O levantamento dos primeiros quatro meses de 2014 monitorou crimes em 68 municípios potiguares (veja o relatório na íntegra).

O MP indica situações mais graves em Natal, Mossoró e Parnamirim. Na capital potiguar foram registrados 200 homicídios sem investigações concluídas até abril. Já em Mossoró o número chegou a 60 e em Parnamirim, na Grande Natal, o relatório mostra 41 crimes de execução que não tiveram inquéritos entregues ao poder judiciário.

O órgão ministerial afirma que o objetivo principal do levantamento é acompanhar as investigações dos casos e traçar o mapa da violência no Estado, além de buscar e assegurar a cobertura de todas as mortes provenientes de execução. Das cidades monitoradas, Assu teve quase 100% dos homicídios encaminhados à Justiça.

O procurador-geral de Justiça e a coordenadora do Caop Criminal apresentaram todas as informações apuradas e organizadas dentro de uma planilha, detalhando cada crime, sua localidade e se passou por algum tipo de registro ou investigação por parte da polícia, bem como se houve consolidação dos procedimentos primários de algum crime.

veja também
Rate this post



Levany Júnior

Levany Júnior é Advogado e diretor do Blog do Levany Júnior. Blog aborda notícias principalmente de todo estado do Rio Grande do Norte, grande Natal, Alto do Rodrigues, Pendências, Macau, Assú, Mossoró e todo interior do RN. E-mail: [email protected]

Comentários com Facebook




Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.