GUAMARÉ RN-Prejuízos da Petrobras no RN não podem ser acentuados e irreversíveis, diz Garibaldi


Alex Viana
03/09/2020 | 09:50

Ex-senador, ex-presidente do Congresso Nacional, ex-ministro e ex-governador do Rio Grande do Norte, Garibaldi Alves Filho (MDB) avalia que é preciso a união das lideranças empresariais, da bancada federal, dos parlamentares estaduais e de representantes das entidades da sociedade civil para buscar da Petrobras garantias de que, durante a mudança por que passa a estatal no Estado, “os prejuízos do RN não sejam acentuados e irreversíveis”.

A avaliação da maior liderança do MDB no RN está publicada em artigo na imprensa local, em que, do alto de sua larga experiência política, Garibaldi avalia que a saída da Petrobras do RN tem implicações econômicas e sociais para o Estado e que, por isso, seria necessário haver uma espécie de transição que permitisse ao RN se preparar com um tempo maior de adaptação à nova realidade do mercado de petróleo e gás.

Citando entrevista do ex-diretor da Petrobras Guilherme Estrela, e fazendo menção a depoimentos de figuras proeminentes da política nacional, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o ex-ministro e economista Delfim Neto, o potiguar lembra que mercado e Estado podem e devem atuar de forma conjunta no enfrentamento dos desafios do desenvolvimento econômico e social do país. O problema só ocorre, segundo ele, quando a Petrobras corta seus vínculos, enquanto estatal, e passa a considerar mais o mercado financeiro, “provocando uma perda inestimável em termos de infraestrutura produtiva na grande inserção social e cultural que tem nos estados onde está instalada”, como o RN.

Para o ex-senador, “a presença da companha não se resume a uma empresa que está produzindo para ter lucro. É uma empresa estatal que interage com o desenvolvimento da sociedade de várias formas”.

Campos maduros

Quanto à preocupação com os campos maduros, situação específica do Rio Grande do Norte, o ex-ministro recorda trecho de entrevista de Estrela em que o ex-diretor da estatal alude à necessidade de se adotar medidas com antecedência de pelo menos cinco anos, para a preparação da descontinuidade dessas áreas produtoras.

“Hoje o abandono desses campos se faz de uma forma muito rápida, como acontece no nosso estado”, salienta Garibaldi, para quem, “isso tem implicações econômicas e sociais para o Rio Grande do Norte”. Para ele, “haveria de se esperar uma transição que permitisse ao Estado se preparar com um tempo maior de adaptação à nova realidade do mercado de petróleo e gás”.

Por fim, o ex-ministro reitera que sem a predisposição dos dirigentes atuais da estatal para garantirem essa transição mais prolongada, é preciso a união do Estado em busca de garantia que minimize os prejuízos, de modo que não sejam acentuados e irreversíveis.

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