GUAMARÉ-PENDÊNCIAS-MACAU-ALTO DO RODRIGUES-CARNAUBAIS-ASSU-IPANGUASSU-NATAL-RN-Henrique: “Robinson Faria queria me apoiar em troca da Presidência da Assembleia”


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Algumas propostas, várias respostas sem sentido e muita, muita acusação. Assim pode ser resumido o primeiro debate deste segundo turno entre os candidatos ao Governo do Estado, Henrique Eduardo Alves (PMDB) e Robinson Faria (PSD), realizado pela Band Natal. E entre as acusações, destaque para a revelação feita por Henrique de que Robinson quis apoiá-lo em troca da presidência da Assembleia Legislativa, fato não desmentido pelo pessedista.

Em matéria de acusação, é bem verdade, Robinson não ficou atrás. Cobrou de Henrique explicações sobre o envolvimento dele no escândalo da Petrobrás e dos vários casos de corrupção que o candidato do PMDB foi citado ao longo dos anos. Robinson também acusou Henrique de ser inseguro e de ter causado a derrota de candidatos do grupo político que encabeçou, como Wilma de Faria (PSB) e Larissa Rosado (PSB) e Leonardo Nogueira (DEM) para a Assembleia Legislativa.

“Henrique sepultou a carreira de vários políticos. Derrotou Wilma, a minha candidata, a Fátima, foi vitoriosa. Derrotou Fafá Rosado, derrotou Leonardo, derrotou Larissa, Sandra. Ou seja: quem chegou perto do acordão o povo não aceitou. Então, o candidato Henrique proporcionou a derrota de pessoas que mereciam continuar na vida pública, mas infelizmente a contaminação do acordão foi tão forte que chegou a derrotar os seus parceiros e, agora, irá derrotar o candidato principal, o seu mentor, Henrique Alves”, afirmou Robinson Faria, respondendo a Henrique.

É bem verdade que a vontade de fazer acusações de um contra o outro foi tão grande que, em muitas vezes, se falava algo que nada tinha a ver com o que foi perguntado. Nessa resposta, por exemplo, Robinson respondia a uma pergunta de Henrique sobre a que ele se referia quando disse, no início da semana, que os votos dados no PMDB era provenientes do coronelismo.

“Lá em Pau dos Ferros, ele procura ter o apoio da bandeira verde e da bandeira vermelha. Ele chega em Caicó, quer a mesma coisa. Isso é insegurança, candidato. Isso é medo do voto livre. É uma insegurança permanente do candidato que proporcionou o maior acordão da história do RN, com sete governadores, 130 prefeitos e 21 deputados estaduais, três senadores, não conseguiu vencer no primeiro turno. E agora candidato, está difícil. No segundo turno o povo já entendeu o recado do seu acordão. O acordão não entrou bem na casa do povo e será derrotado agora no segundo turno. É um acordo do povo a favor da liberdade, contra essa prática antiga, coronelista”, afirmou Robinson respondendo.

Foi então que veio a tréplica e, no lugar de insistir com a pergunta, uma vez que ela não foi respondida, Henrique utilizou o tempo para dizer que Robinson ainda pensou em se unir ao PMDB antes da eleição mas, para isso, exigiu que o peemedebista o prometesse a presidência da Assembleia – cargo já ocupado por Robinson.

“Não sei em qual candidato Robinson acreditar. Se é aquele que me procurou em Brasília, para que eu o adotasse como candidato e, depois, me procurou para me apoiar para governador, e só não foi possível porque queria a presidência da Assembleia e não era possível porque era outro poder, mas isso já passou”, revelou Henrique.

Esse, claro, não foi o único momento de pergunta diferente da resposta. Em dado momento, quando questionado sobre a suposta falta de projetos para recursos hídricos, Robinson acusou o PMDB, no governo Garibaldi Alves Filho, de vender o maior patrimônio do Estado, que foi a Cosern e assumiu o compromisso de não vender a Caern. “Tenho certeza que ninguém entendeu o que o candidato disse. Eu perguntei uma coisa e ele respondeu outra. Ou seja, não fez nada. Ele não apresentou aqui um resultado prático, não apresentou aqui uma realização em favor do Rio Grande do Norte”, comentou Henrique.

MÁSCARA CAIU

É bem verdade que, dentre alguns desvios de resposta, Robinson Faria conseguiu fazer acusações fortes contra Henrique Alves, sobretudo quando afirmou que o discurso do peemedebista de “união”, de fim do “revanchismo político” tinha ido por terra. Afinal, Henrique ressaltava “sem nervosismo” em cada resposta, mas demonstrava uma clara tensão. “A máscara já caiu. Bastou a campanha começar que ele voltou a ser aquele velho Henrique que o povo conhece”, afirmou Robinson Faria.

O comentário foi quando Henrique afirmou que o pai de Robinson, Osmundo Faria, teria sido o responsável por um dos maiores desastres ambientais do Rio Grande do Norte, com a instalação de salineiras em áreas de mangue. O candidato do PSD defendeu a história de seu pai e afirmou que ele foi inocentado pela Justiça da responsabilidade de ter causado o dano. Na tréplica, Henrique repetiu a acusação.

“O candidato parece que tirou o diploma de direito por correspondência”, desqualificou Robinson, questionando em seguida se Henrique não tinha ouvido que o pai dele tinha sido inocentado. “O senhor discorda do STJ por acaso? Do TRF de Recife? O candidato pensa que está acima da lei. É o todo poderoso”, ironizou o candidato do PSD. “Henrique não mudou, não vai muar e, tampoucou, é mudança”, ressaltou Robinson.

 

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Levany Júnior

Levany Júnior é Advogado e diretor do Blog do Levany Júnior. Blog aborda notícias principalmente de todo estado do Rio Grande do Norte, grande Natal, Alto do Rodrigues, Pendências, Macau, Assú, Mossoró e todo interior do RN. E-mail: [email protected]

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