GUAMARÉ-MACAU-CARNAUBAIS-PENDÊNCIAS-ALTO DO RODRIGUES-ASSU-IPANGUASSU-RN-Futuro do Polo depende das decisões da nova presidência


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Nos primeiros seis meses do próximo governo eleito para o país estão duas decisões sobre os custos de matéria-prima e da energia, relevantes para o futuro do Polo. Consequentemente, para a economia baiana

Donaldson Gomes ([email protected])
19/09/2014 10:24:00Atualizado em 19/09/2014 10:45:28

O próximo presidente da República precisará fazer importantes escolhas que terão impacto direto no futuro do Polo Industrial de Camaçari. Nos primeiros seis meses do mandato do novo chefe do Poder Executivo Federal, pelo menos duas decisões do  governo recém-empossado serão determinantes nos custos da indústria baiana com matéria-prima e com energia elétrica.

O Polo de Camaçari também fornece matéria-prima para outras indústrias do país, com impacto na economia nacional (Foto: Carlos Casaes/Divulgação)

São decisões que, no final das contas, vão impactar no mercado de trabalho do estado e na geração de divisas, tanto para o governo federal quanto para o governo da Bahia. Mas não são as únicas que precisarão ser tomadas pelo novo governo. O setor produtivo baiano sofre o impacto do conjunto de problemas em infraestrutura, tributação e burocracia que se convencionou chamar de Custo Brasil.

O Polo Industrial de Camaçari abriga atualmente o maior complexo petroquímico do país e a cadeia automobilística, entre outras empresas. Responde por aproximadamente 30% de todas as riquezas produzidas no estado da Bahia. Fornece matéria-prima para outras indústrias instaladas no país, portanto, tem impacto direto na economia brasileira.

Projetos
A menos de duas semanas das eleições que vão escolher quem vai ocupar a Presidência  a partir de 1º de janeiro, o CORREIO procurou os três candidatos mais bem posicionados nas pesquisas de intenções de votos divulgadas pela mídia – Dilma Rousseff (PT), Marina Silva (PSB) e Aécio Neves (PSDB) – para saber quais  os projetos deles para o Polo de Camaçari e as  ações que pretendem adotar para enfrentar os principais desafios da indústria baiana. Muitos, na verdade, da indústria brasileira.

As perguntas foram feitas a partir dos temas que serão  debatidos hoje no seminário Polo de Camaçari em Debate, no auditório da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb). O evento é realizado pelo jornal Correio e pelo Comitê de Fomento Industrial de Camaçari (Cofic), com apoio da Fieb.

Em fevereiro, a Petrobras, empresa estatal de capital misto, deve definir que percentual de reajuste vai aplicar  no preço da nafta, principal matéria-prima da indústria petroquímica baiana. As negociações já se arrastam por quase um ano. Desfecho negativo poderia colocar em risco a expansão da atividade, ou mesmo a continuidade de algumas unidades industriais.

A Petrobras tem demonstrado o interesse em reajustar entre 5% e 10% o preço da nafta, para compensar prejuízos que vem acumulando para manter estável o preço da gasolina. Caberá ao próximo presidente a decisão de manter a política de preços, mas, sobretudo, tomar decisões como ampliar a infraestrutura de refino de petróleo para garantir o suprimento de combustível, da nafta e de outros derivados importantes para o desenvolvimento do país.

No final de junho, encerra-se o contrato de fornecimento de energia entre a Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf) com um grupo de sete empresas baianas  que utilizam um elevado volume de energia elétrica, conhecidas como eletrointensivas (Braskem, Dow, Ferbasa, Gerdau, Mineração Caraíba, Paranapanema e Vale).

Antes disso, espera-se, o governo vai precisar definir que política energética vai adotar para o país. Se pretende manter o contrato que torna menos desigual as condições de competição de empresas que, no Nordeste, estão distantes do grande mercado consumidor, na região Sudeste. E o que pensa a respeito da necessidade de diversificar as fontes de energia utilizadas pelo Brasil.

Além disso, o próximo ocupante do Palácio do Planalto terá pela frente o desafio de modernizar a infraestrutura de transportes do país, com a criação de mecanismos para viabilizar a construção ou a modernização de estradas, ferrovias e portos – necessários para tornar o país competitivo internacionalmente.

Todos os candidatos, tanto à Presidência quanto ao governo, tiveram o mesmo prazo para responder às perguntas e o mesmo espaço definido para o envio das suas respostas.

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Levany Júnior

Levany Júnior é Advogado e diretor do Blog do Levany Júnior. Blog aborda notícias principalmente de todo estado do Rio Grande do Norte, grande Natal, Alto do Rodrigues, Pendências, Macau, Assú, Mossoró e todo interior do RN. E-mail: [email protected]

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