As investigações seguem em relação a pelo menos seis outras possíveis vítimas, disse a delegada responsável pelo caso, Cláudia Gonzaga, da Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente e à Mulher (Dpcami).

O indiciado tem 45 anos e os abusos ocorriam num campinho de futebol que ele alugava para dar aulas.

Conforme a apuração, o técnico tocava as partes íntimas das vítimas – crianças e adolescentes do sexo masculino – e exigia que fizessem o mesmo nele, com a promessa de conseguir patrocínio e contrato com grandes clubes. Os que diziam “não” eram submetidos a treinamento mais exaustivo, de acordo com a polícia.

O caso começou a ser investigado em fevereiro deste ano, quando dois casais, pais de dois alunos, procuraram a polícia. Isso ocorreu depois que um dos meninos escreveu um bilhete para o próprio pai, falando dos abusos sofridos. Esse garoto decidiu contar para proteger uma colega nova na turma – ele não queria que ela fosse mais uma vítima.

Os dois meninos estariam sofrendo os abusos há pelo menos oito meses. A polícia ainda apura a possibilidade de haver pelo menos outras seis vítimas.