FOTOS IMAGENS-Sindicato diz que hospital da USP obriga profissionais do grupo de risco a Covid-19 a trabalhar; dois funcionários morreram


 


Faixa com nome de funcionário do HU que morreu de Covid-19 é colocada na fachada do hospital durante protesto da categoria nesta quinta-feira (26) — Foto: Divulgação/Situsp

Faixa com nome de funcionário do HU que morreu de Covid-19 é colocada na fachada do hospital durante protesto da categoria nesta quinta-feira (26) — Foto: Divulgação/Situsp

Após a morte de dois ´profissionais da saúde do Hospital Universitário da USP, o Sindicato dos Trabalhadores da USP (Adusp) afirma que a diretoria da unidade obriga quem pertence ao grupo de risco de Covid-19 a trabalhar. A primeira morte, de José Manoel Sápia, aconteceu dia 13 deste mês. A segunda morte, de Selma Ignácio Simões, ocorreu nesta sexta-feira (27), segundo a Adusp

De acordo com o sindicato, ambos pertenciam ao grupo de risco de contágio da Covid-19 e chegaram a pedir para serem afastados, mas obtiveram resposta negativa. A reportagem do G1 pediu posicionamento da direção do Hospital Universitário e aguarda resposta.

Rosane Meire Vieira, auxiliar de enfermagem da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) adulta do HU e diretora do Sintusp, disse que “30% do hospital tem perfil de risco para Covid-19, desde médico, enfermeiro e outros funcionários. A gente tem como afastar, fazer teletrabalho e fazer escala mínima, mas a direção do hospital não permite.”

Segundo ela, “o diálogo com a superintendência do HU não existe, ficou omissa porque não oferece diálogo com os trabalhadores e nem com o sindicato. A grande maioria dos médicos em grupo de risco foram afastados, mas funcionários administrativos não foram afastados.”

A categoria fez um protesto contra as mortes registradas no HU nesta quinta-feira (26). “Há 15 dias que perdemos um técnico administrativo, o Sápia, que não foi afastado e era de grupo de risco. Hoje pela manhã soubemos que uma colega, que estava internada com Covid, a Selma, que morreu também”, disse Rose.

A diretora do sindicato afirmou que “a administração do hospital dizia que os dois trabalhavam em uma área de baixo risco e ambos foram infectados e morreram. Isso não existe dentro de um hospital, principalmente porque a prerrogativa do trabalho deles era de ter contato com muitas pessoas. O Sápia morreu e contaminou para a mulher, as duas filhas e o genro.”

Os representantes do sindicato participaram de uma audiência virtual, já prevista em calendário, nesta sexta-feira. Segundo Rose, “nada foi decidido, apenas a marcação de uma nova reunião para o dia 8 de dezembro. Ou seja, não decidem pelo afastamento e colocam todos os funcionários ao risco. Os médicos eles afastaram e contrataram para reposição de efetivo, mas os do setor administrativo eles alegam que não podem contratar.”

Hospital Universitário da USP — Foto: USP/Divulgação

Hospital Universitário da USP — Foto: USP/Divulgação

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