FOTOS IMAGENS-Pai crê que jovem que morreu após estupro em UTI tentou contar sobre abuso: ‘Dor intensa’



Pai de jovem que morreu após estupro em UTI crê que filha tentou contar sobre abuso
JA 1ª Edição

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Pai de jovem que morreu após estupro em UTI crê que filha tentou contar sobre abuso

Pai de jovem que morreu após estupro em UTI crê que filha tentou contar sobre abuso

O pai da universitária Susy Nogueira Cavalcante, de 21 anos, falou pela primeira vez sobre a morte da filha, na UTI de um hospital de Goiânia. Dias antes do óbito, internada devido a crises convulsivas, ela relatou a uma servidora que havia sido abusada por um técnico em enfermagem, que está preso e foi indiciado. O policial aposentado, que prefere não se identificar e mostrar o rosto, disse que a filha, mesmo entubada e sedada, parecia tentar conversar e contar alguma coisa para os pais.

“A gente sentia que ela queria falar. Como tinha só um dia [de internação], a gente perguntava aos médicos e eles falavam aquelas palavras de médico. Como a gente é leigo, não ia tirar ela de lá, mas a vontade era tirar tudo dela, todos aqueles tubos. É uma dor intensa”, desabafou.

Susy foi internada no dia 17 de maio e morreu nove dias depois. Afamília foi avisada pela polícia sobre o abuso durante o velório. A corporação conseguiu imagens de segurança que mostram o momento em que ela é apalpada por um técnico em enfermagem, identificado como Ildison Custódio Bastos, de 41 anos. Ele se entregou e foi preso em seguida.

G1 telefonou para o advogado de Ildson, Leonardo Silva Araújo, às 12h25 desta sexta-feira (31), mas as ligações não foram atendidas.

Susy Nogueira Cavalcante, de 21 anos morreu após ser estuprada em hospital — Foto: Reprodução/TV AnhangueraSusy Nogueira Cavalcante, de 21 anos morreu após ser estuprada em hospital — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Susy Nogueira Cavalcante, de 21 anos morreu após ser estuprada em hospital — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Revolta

Depois de dias de agonia vendo a filha na UTI, o pai recebeu a notícia do hospital de que ela havia morrido. Segundo ele, as causas apontadas pela unidade de saúde foram pneumonia e infecção.

Ele reclamou que foi avisado sobre o abuso sexual somente dias depois, durante o velório da filha e questionou a atuação da polícia nesse caso.

“Primeiro que deixaram passar quatro dias. Do dia que a enfermeira denunciou até o dia de fazer o boletim. A polícia tinha que ter ido imediatamente, mas, foram informar só no dia 21. Em resumo a minha filha seria salva se ela tomasse as medidas cabíveis na hora”, reclamou.

O policial aposentado disse que conversou sobre tudo isso na Correria da Polícia Civil, mas não fez denúncia formal.

Em nota, a assessoria da Polícia Civil disse que não comentar o caso.

Crises

Ainda conforme o pai, essa foi a primeira vez que a filha foi internada no Hospital Goiânia Leste. Ele disse que não se sentia bem levando ela para o lugar, mas como era o mais perto, foi a melhor opção.

Ele contou também que a jovem já teve outras crises durante a vida, mas que sempre passava pouco tempo no hospital e logo voltava para casa. Segundo o pai, foi a primeira vez que Susy precisou ir para a UTI e ser entubada.

“Achei tudo muito estranho. Nunca tinha precisado disso antes. Tinha vezes que nem precisava de ir para o hospital”, lembrou.

Segundo delegada, imagens mostram abuso sexual por parte de técnico de enfermagem — Foto: Polícia Civil/DivulgaçãoSegundo delegada, imagens mostram abuso sexual por parte de técnico de enfermagem — Foto: Polícia Civil/Divulgação

Segundo delegada, imagens mostram abuso sexual por parte de técnico de enfermagem — Foto: Polícia Civil/Divulgação

Indiciamento

A delegada Paula Meotti, responsável pelo caso, informou que concluiu o inquérito nesta sexta-feira (31) e deve remetê-lo ainda nesta tarde à Justiça. Segundo ela, Ildson foi indiciado por estupro de vulnerável.

Paula contou que gravações de câmeras de segurança feitas no leito onde a jovem estava internada foram as provas mais importantes da investigação.

“O vídeo foi essencial. O ato libidinoso não deixa vestígio. Além do relato da vítima para uma testemunha, o vídeo corroborou com isso. Ficou tudo muito contundente”, disse ao G1.

Inicialmente, a delegada disse que “não vislumbra” relação entre o abuso e a morte da vítima. Ela explicou ainda que só cabe a ela apurar a violência sexual e enviará um ofício para a Delegacia Regional para que um inquérito sobre a morte dela seja aberto para investigar o óbito.

Sete pessoas foram ouvidas durante a investigação, incluindo a funcionária do hospital para quem a jovem denunciou o caso e a diretora da empresa terceirizada que gere a UTI, que avisou sobre a situação à polícia.

Se condenado, ele pode pegar uma pena que varia de 8 a 15 anos.

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