Segundo o investigador Júlio Rodrigues, Thayla Cristina da Silva Alves passou a ser alvo de investigações depois que o marido dela foi preso por tráfico de drogas na cidade. A suspeita é que a representante comercial tenha assumido os clientes dele após a prisão.

O G1 tentou localizar a defesa da suspeita, mas ela ainda não tinha um advogado constituído na tarde desta quarta-feira (20).

Thayla foi abordada pela Polícia Civil na área central da cidade junto com o gerente da loja onde trabalhava vendendo títulos de clubes. Com o mandado de busca e apreensão, ela foi acompanhada pelos policiais até sua residência no Jardim Paraty.

Na casa foram localizadas duas mil porções de maconha hidropônica , 50 pontos de LSD, facas, machadinhas, balanças de precisão, além de cartas trocadas entre a suspeita e o marido e um caderno contendo a suposta contabilidade do tráfico.

De acordo com Rodrigues, a mulher era chamada pelos próprios usuários de ‘loira do tráfico’. “Ela é uma mulher muito bonita, uma loira que chamava a atenção.”

Interrogada, ela negou a prática do crime. “Ela formalmente na delegacia falou que era usuária, ela não quis constatar no papel que era traficante, mas na verdade ela compra uma peça da maconha hidropônica que é mais cara, divide em pedaços pequenos de 0,3 gramas mais ou menos, embala e vende,” contou o investigador.

As drogas apreendidas estão avaliadas em R$ 40 mil, sobretudo em função da maconha hidropônica. “Ela tem um custo maior na sua fabricação. Hoje em dia uma porção de maconha comum gira em torno de R$10 e essa hidropônica que é cultivada somente dentro da água seria o dobro”, explica Rodrigues.

A mulher foi ouvida no 1ª Distrito Policial e encaminhada pra a Cadeia Pública do Jardim Guanabara. Ela irá responder por tráfico de drogas.

*Sob supervisão de Rodolfo Tiengo