FOTOS IMAGENS-Grupo agride repórter cinematográfico e auxiliar da EPTV na Rodovia Anhanguera, em Le



Por G1 São Carlos e Araraquara

 

Câmera e microfone foram destruídos durante agressão em Leme (Foto: Arquivo Pessoal)Câmera e microfone foram destruídos durante agressão em Leme (Foto: Arquivo Pessoal)

Câmera e microfone foram destruídos durante agressão em Leme (Foto: Arquivo Pessoal)

Uma equipe de reportagem da EPTV Central, afiliada da TV Globo em São Carlos, foi agredida por um grupo na tarde desta quarta-feira (30), na Rodovia Anhanguera (SP-330), em Leme (SP). Um repórter cinematográfico e um auxiliar de externa ficaram feridos após serem atingidos com socos, pontapés e pauladas. O auxiliar foi socorrido pelo resgate da concessionária Intervias. Um boletim de ocorrência foi registrado e a polícia vai apurar os crimes de lesão corporal e danos.

Agressão após reportagem

A reportagem tinha acabado de fazer uma transmissão ao vivo no Jornal da EPTV 1ª Edição, por volta de 12h45, em uma passarela do km 188. Eles mostraram que a rodovia já havia sido liberada pelos caminhoneiros que estavam em greve.

Após o fim da transmissão, um grupo ainda não identificado foi até o local onde eles estavam, e iniciou as agressões.

Carro da reportagem da EPTV ficou destruído durante agressão em Leme (Foto: Arquivo Pessoal)Carro da reportagem da EPTV ficou destruído durante agressão em Leme (Foto: Arquivo Pessoal)

Carro da reportagem da EPTV ficou destruído durante agressão em Leme (Foto: Arquivo Pessoal)

Equipe se abrigou em casa

A repórter Patrícia Moser conseguiu correr para uma casa, mas o repórter cinematográfico Marlon Tavoni e o auxiliar de externa Janesi Rigo foram agredidos pelos homens.

Eles conseguiram correr até residência onde a repórter estava e a Polícia Rodoviária foi ao local.

Tavoni e Rigo tiveram ferimentos pelo corpo e foram atendidos por uma ambulância da Intervias. O auxiliar de externa foi atingido na cabeça e, por isso, foi encaminhado para Araras para realizar exames.

A concessionária informou que a área de operações, ao tomar conhecimento de ato de agressão de manifestantes contra a equipe de jornalismo da emissora que fazia a cobertura da paralisação na altura do KM 188 da rodovia Anhanguera acionou de imediato a Polícia Militar Rodoviária (PMrV), responsável por garantir a segurança dos usuários no trecho, e deslocou de forma preventiva um veículo de atendimento pré-hospitalar ao local, para prestar os primeiros socorros aos envolvidos.

Reportagem da EPTV mostrava saída de caminhoneiros da Rodovia Anhanguera em Leme (Foto: Marlon Tavoni/EPTV)Reportagem da EPTV mostrava saída de caminhoneiros da Rodovia Anhanguera em Leme (Foto: Marlon Tavoni/EPTV)

Reportagem da EPTV mostrava saída de caminhoneiros da Rodovia Anhanguera em Leme (Foto: Marlon Tavoni/EPTV)

Equipamentos destruídos

Uma câmera e um microfone foram destruídos. O carro da reportagem também foi atacado e teve vidros danificados e pneus rasgados.

Durante a transmissão da EPTV, homens aparecem atravessando a rodovia em direção à equipe, mas não é possível afirmar que eles foram os responsáveis pela agressão.

Um boletim de ocorrência foi registrado na delegacia de Leme e os funcionários passarão por exame de corpo de delito.

Confira o vídeo da reportagem feita antes da agressão:

Caminhoneiros começam a deixar o sentido capital da Rodovia Anhanguera em Leme

Caminhoneiros começam a deixar o sentido capital da Rodovia Anhanguera em Leme

Repúdio

As associações de imprensa e jornalismo manifestaram repúdio com as agressões sofridas pela equipe da EPTV.

O Sindicato dos Jornalistas disse que não se pode tolerar tentativas de impedimento, agressão ou censura ao trabalho dos jornalistas e pediu apuração rápida do caso e punição dos agressores.

A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) disse que atos como a agressão à equipe da EPTV são fruto da intolerância e desconhecimento do real papel da imprensa e que qualquer tentativa de impedir o trabalho dos jornalistas é um ataque ao direito da sociedade de acesso às informações de interesse público.

A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) repudiou a violência cometia contra a repórter Patrícia Moser, o repórter cinematográfico Marlon Tavoni e o auxiliar de externa Janesi Rigo. Segundo a entidade, desde o início da greve dos caminhoneiros, mais de uma dezena de profissionais foram agredidos, em pelo menos nove estados brasileiros e essas agressões são atentados à liberdade de imprensa, que não podem ser tolerados em sociedade democráticas.

Veja as manifestações de repúdio na íntegra:

Sindicato dos Jornalistas – “Tomamos conhecimento da inadmissível agressão contra uma equipe de reportagem da EPTV, nesta quarta-feita (30), após transmissão ao vivo no km 188 da Rodovia Anhanguera, no município de Leme (SP). O cinegrafista Marlon Pavoni e o radialista Janesi Rigo ficaram feridos após ataque a pauladas de um grupo ainda não identificado. A repórter Patrícia Moser conseguiu se proteger.

Também chegaram ao Sindicato relatos sobre agressão contra outra equipe de reportagem, ocorrida em São José do Rio Preto, no dia 29 de maio.

O SJSP considera estes fatos gravíssimos, e se manifesta afirmando:

1- repudiamos as agressões à equipe de profissionais da EPTV e a todos os jornalistas hostilizados durante as coberturas das manifestações dos caminhoneiros.

2- Não se pode tolerar qualquer tentativa de impedimento, agressão ou censura ao trabalho do jornalista.

3- Exigimos das autoridades providências urgentes, no sentindo de uma apuração célere do caso e punição aos agressores.

4- Para nós, violência contra jornalistas profissionais é uma inaceitável tentativa de impedir a liberdade de imprensa, o que significa um ataque direto contra a Democracia.”

Abert – “A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (ABERT) repudia veementemente as agressões sofridas pela equipe da EPTV de São Carlos, afiliada da Rede Globo, nesta quarta-feira (30), durante cobertura da paralisação dos caminhoneiros, na cidade de Leme (SP).

O cinegrafista e o auxiliar foram agredidos com pedradas, socos e pontapés por caminhoneiros que bloqueavam a rodovia. A repórter conseguiu fugir para pedir ajuda.

Além da agressão, a equipe teve os equipamentos destruídos e o carro depredado.

A ABERT condena todo tipo de violência, em especial, contra jornalistas no exercício da profissão. Atos como estes são fruto da intolerância e desconhecimento do real papel da imprensa.

Qualquer tentativa de impedir o trabalho dos jornalistas é um ataque ao direito da sociedade de acesso às informações de interesse público.

A ABERT pede às autoridades locais a apuração rigorosa dos fatos e a punição dos responsáveis.

Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão”

Fenaj – “A FENAJ repudia a violência cometia contra a repórter Patrícia Moser, o repórter cinematográfico Marlon Tavoni e o técnico de áudio Janesi Rigo, da EPTV.

Desde o início da greve do caminhoneiros, mais de uma dezena de profissionais foram agredidos, em pelo menos nove estados brasileiros. A FENAJ reitera que agressões a jornalistas no exercício da profissão são atentados à liberdade de imprensa, que não podem ser tolerados em sociedade democráticas. Os jornalistas cumprem seu papel de informar à sociedade e devem ser respeitados como trabalhadores que são.

A Federação dos Jornalistas orienta as vítimas a registrarem ocorrência policial, para que as agressões possam ser apuradas e os responsáveis identificados e punidos.”

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