Uma nova chacina dentro de um presídio brasileiro deixou dezenas de detentos mortos na madrugada desta sexta-feira (6), dentro da Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, no estado de Roraima. Ao menos 33 pessoas foram torturadas e mortas dentro da unidade prisional. Alguns dos presos foram decapitados, tiveram os corações arrancados e os corpos desmembrados e jogados em um corredor que leva até as alas. Fotos e vídeos do massacre foram divulgadas em correntes pelo WhatsApp.

A maioria das mortes ocorreu nas Alas 6, no caldeirão e na cozinha. O caso acontece poucos dias depois de um massacre no Complexo Penitenciário Anísio Jobim, em Manaus. Na ocasião 56 detentos foram executados.

De acordo com informações de vizinhos que moram próximo ao local, todo o tumulto começou por volta das 00h30. Testemunhas afirmam que ouviram tiros, barulho de bombas e gritos durante a madrugada. Não há informações de fuga até o momento. A polícia continua na frente do local, que está bastante tumultuado. Sexta-feira seria o dia rotineiro de visitas aos presos e centenas de familiares permanecem em frente ao prédio em busca de informações sobre parentes detidos. Até o momento 20 corpos foram recolhidos e encaminhados para o Instituto Médico Legal de Roraima (IML).

O novo massacre também teria relação com uma briga de facções dentro da penitenciária. A Secretaria de Justiça e Cidadania do Estado afirmou que os crimes teriam sido cometidos por membros do Primeiro Comando da Capital (PCC), em uma possível vingança pela morte de detentos causadas pelo grupo criminoso Família do Norte (FDN) no último domingo no Amazonas.

O governo de Roraima afirmou que no momento policiais do Batalhão de Operações Especiais e da Polícia Militar de Roraima estão no local e a situação está sob controle.

Governo teria sido alertado sobre chacina

No início da semana, responsáveis pela #Segurança pública do Amazonas teriam emitido alertas para o poder público de Roraima, informando sobre possíveis confronto entre presos das penitenciárias do estado, porém, nenhuma atitude foi tomada. No mês de outubro de 2016, 10 detentos morreram dentro do mesmo complexo penitenciário onde ocorreu o massacre da madrugada desta sexta-feira. #Violência #Casos de polícia