Na noite desse domingo, após reunião com representantes da Vale, Polícia Militar, Defesa Civil de Minas Gerais e do município, a Prefeitura de Nova Lima informou, em nota, que as aulas estavam mantidas e que haveria transporte oferecido pela mineradora.

A unidade, única municipal do distrito conhecido como Macacos, tem 46 servidores e atende 190 crianças da educação infantil ao ensino fundamental.

A escola está em área fora de risco, segundo a prefeitura. “Está situada fora da mancha de inundação num eventual rompimento, portanto livre do risco de ser atingida, segundo o Plano de Ação de Emergência de Barragens de Mineração (PAEBM) apresentado pela Vale”, informou em nota.

Mas o clima é de insegurança entre as famílias. “Os pais não mandaram seus filhos para as aulas, pois disseram não acreditar na posição da Vale de que a escola está em uma área considerada segura. Também inseguros, os servidores aguardam um posicionamento oficial da empresa, garantindo a segurança do local”, disse a administração municipal.

A prefeitura informou que vai cobrar da da Vale uma comprovação de que a escola se encontra em local seguro para apresentar aos pais e funcionários. A reportagem entrou em contato com a mineradora e aguarda um retorno.

Nesta segunda-feira (18), o atendimento não foi afetado no posto de saúde.

Na noite de sábado (16), parte dos moradores teve que sair de casa às pressas depois que a Vale acionou o plano de emergência. Segundo a Defesa Civil, a medida foi necessária depois que auditores atestaram a instabilidade da barragem B3/B4, da Mina Mar Azul. A empresa informou que a barragem está sendo monitorada.

A Vale ressalta que a evacuação da Zona de Autossalvamento (ZAS) na localidade de Macacos seguiu todo o protocolo definido no Plano de Ação de Emergência de Barragens de Mineração (PAEBM. Antes do acionamento das sirenes, a empresa realizou contato via telefone com os números disponibilizados pela comunidade. O trabalho foi liderado pela Defesa Civil com apoio da Vale.

Até o domingo (17), 110 pessoas foram registradas e retiradas do local. Dessas, 42 estão em hotéis e as demais em casas de parentes.

A Vale também informou que realizou reuniões para apresentação do plano de emergência em 2018. “A última reunião aconteceu em 28 de novembro, com cerca de 60 membros da comunidade, onde foram apresentados os locais de instalação das sirenes e discutidas as rotas de fuga”, disse a mineradora.

Ela informou ainda que “o simulado a ser realizado pela Defesa Civil Estadual e pela Defesa Civil de Nova Lima, com apoio e participação da Vale, estava previsto para junho deste ano”.