EXTREMOZ RN– ISAÍAS CHAMA JERUSALÉM A SE REGOZIJAR EM LOUVOR A DEUS PELA SALVAÇÃO QUE ELE TRARIA.


Is-54

Em nossa leitura, meditação e reflexão, capítulo por capítulo, nós nos encontramos aqui no capítulo 54 e nas seguintes partes:

Parte IV – ISAÍAS E O JULGAMENTO BABILÔNICO – 40:1 – 66:24.

  1. Os dois instrumentos de Deus para a restauração (44:24 – 55:13).
  2. O plano de Deus para o seu servo – 49:1 a 55:13.

Como já dissemos, estamos vendo os planos de Deus para o seu Servo, depois de termos visto os seus planos para Ciro.

Foi também dividida essa parte, seguindo a estrutura já composta da BEG, em oito partes, para melhor estudo e compreensão da temática: a. Oráculo real acerca do servo – 49:1-13 – já vista; b. Debate contra a incredulidade de Israel – 49:14 – 50:3 – já vista; c. O salmo de confiança do servo – 50:4 – 11 – já vista; d. Debate sobre a compaixão e a retidão de Deus – 51:1-8 – já vimos; e. Lamento e respostas – 51:9 – 52:12 – já vimos; f. O servo sofredor e exaltado – 52:13 – 53:12 – já vista; g. Chamado a que Jerusalém louve – 54:1-17 –veremos agora; g. O convite para ir – 55:1-13.

  1. Chamado a que Jerusalém louve – 54:1-17.

Veremos, a partir de agora e ocupará todo o capítulo 54, o chamado para que Jerusalém louve ao Senhor. Isaías chama Jerusalém a se regozijar em louvor a Deus pela salvação que ele traria.

A estéril que não deu a luz, nem sofreu as dores de parto, é a mulher solitária, convidada aqui a exultar-se de prazer e a cantar alegremente. Enquanto estivessem no exílio, Judá e Israel seriam esquecidos por Deus e não desfrutariam de sua bênção, embora fossem assistidos por sua graça que é sobre todos neste planeta.

O Novo Testamento aplica esse versículo à “Jerusalém celestial” (Hb 12:22), “nossa mãe” (GI 4:26). Mais são os filhos – 49:21; 53:10 – da desolada do que as da casada.

O alargamento da tenda é uma metáfora de grandes bênçãos (26:15; 33:20); em contraste, veja Jr 10:20, num grande lamento por Judá, onde a tenda tinha sido destruída, as cordas rompidas, os filhos já se foram sem deixar ninguém que levante a tenda e erga as lonas.

A expansão para a esquerda e para a direita seria tão grande que eles possuiriam as cidades de seus inimigos (Gn 22:17; 28:14), como já deveria ter ocorrido nos tempos de Josué que deixaram pendências de conquistas na Terra Prometida e com os povos daquela terra se aliançaram e foram infiéis ao Senhor.

A promessa seria para não temerem porque não seriam mais envergonhadas e não se envergonharem porque não sofreriam mais afrontas – vs 4 -, antes disso tudo, haveriam de esquecer. Esqueceriam da infidelidade de Israel que levou à sua opressão pelo Egito na juventude da nação (52:4; Jr 31:19; Ez 16:1-6). Os exílios assírio e babilônio vieram depois que Israel e Judá já eram maduros.

O versículo 5 em seguida explica porque não deveriam temer, nem se envergonhar. Por causa do Criador, do seu marido, do Senhor dos Exércitos, do Santo de Israel, do seu Redentor, do Deus de toda a terra. A grande quantidade de títulos atribuídos a Deus demonstrava que Israel e Judá não foram para o exílio por causa de uma fraqueza de Deus (50:1-3), muito pelo contrário.

Foi o Senhor quem a chamou como uma mulher desamparada da mocidade, repudiada, triste de espírito – 40:27; 49:14; 50:1 – que por um breve momento a deixou, mas que com grande compaixão a recolheu. Por uns instantes, escondeu-se dela, mas com benignidade eterna se compadeceu dela.

Veja o contraste “breve momento” x “benignidade eterna” e compare com outro contraste no Novo Testamento, com Paulo: “leve e momentânea tribulação” x “peso eterno de glória mui excelente”.

Ou seja, as tribulações e lutas e contrariedades desta vida não são para comparar com nossa vida eterna que já começou para a glória de Deus! Quem se perde ou se deixa perder-se nas gotas de sofrimento pelas quais passamos não imagina que já tem diante de si um mar aberto de novas e infinitas oportunidades para a glória de Deus!

Tenha paciência que está chegando a hora para você como chegou para Paulo, Pedro, Tiago, João, o Senhor, os apóstolos, nossos pais e muitos de nossos irmãos do presente século.

Quando o Senhor renovou a sua aliança com a sua criação, ato simbolizado pelo arco-íris (Gn 9:1-17), nas águas de Noé, ele jurou que jamais inundariam novamente a terra. As negativas expressam o enfático compromisso do Senhor em cumprir a aliança que havia feito com o seu povo.

Vejam que incrível: o compromisso do Senhor em suas alianças com Israel é maior do que aquele de sua aliança com toda a sua criação (51:6; Sl 46:2-3; 114:4,6). Isaías tinha em mente aqui a renovação da aliança com Israel depois do exílio (42:6; 53:5; Ez 34:25; 37:26), que também é conhecida como a “nova aliança” (Jr 31:31).

A cidade de Jerusalém sofreu severamente durante o exílio.

Ela foi afligida e arrojada com a tormenta e desconsolada, mas fora assentada em suas colunas com antimônio e seus alicerces fundados com safiras, sendo seus baluartes de rubis, as portas de carbúnculos e todas as suas muralhas de pedras preciosas.

Até os seus filhos serão ensinados do Senhor onde a paz reinará perpetuamente, sendo a justiça estabelecida para sempre, estando longe da opressão, porque não temerá – vs. 14 – e também do terror, porque não chegará a ela.

O que estava acontecendo com Jerusalém era como uma boa e forte sacudida de um vento que soprava sobre ela retirando dela os galhos podres, as folhas secas, os frutos bichados para que permanecendo sua base e voltasse a ter suas folhas renovadas, produzir e a tornar-se bela, formosa, frutífera e renovada.

É também aqui Jerusalém um tipo do crente que às vezes precisa passar pelo mesmo processo para tirar de si as sujidades e escórias do mundo que ele insistentemente persiste em preservar para sua própria ruína e prejuízo à causa do evangelho e da pregação.

Ainda que se levantem contendas, os que contenderem com ela cairão. Deus criou o ferreiro e até o assolador para destruir, no entanto, não prosperará nenhuma arma forjada contra ela e toda língua que se levantar contra ela em juízo, ela mesmo a condenará – vs. 17.

Essa é a herança dos servos do Senhor! Ela é uma referência à aliança e às promessas, especialmente à promessa da proteção de Deus e da sua “vindicação”.

Is 54:1 Canta, alegremente, ó estéril, que não deste à luz;

                exulta de prazer com alegre canto, e exclama,

                               tu que não tiveste dores de parto;

                                               porque mais são os filhos da desolada,

                                                               do que os filhos da casada, diz o Senhor.

                Is 54:2 Amplia o lugar da tua tenda,

                               e estendam-se as cortinas das tuas habitações;

                                               não o impeças;

                               alonga as tuas cordas, e firma bem as tuas estacas.

                Is 54:3 Porque trasbordarás para a direita e para a esquerda;

                               e a tua posteridade possuirá as nações

                                               e fará que sejam habitadas as cidades assoladas.

                Is 54:4 Não temas, porque não serás envergonhada;

                               e não te envergonhes, porque não sofrerás afrontas;

                                               antes te esquecerás da vergonha da tua mocidade,

                                               e não te lembrarás mais do opróbrio da tua viuvez.

                Is 54:5 Pois o teu Criador é o teu marido; o Senhor dos exércitos

                               é o seu nome; e o Santo de Israel é o teu Redentor,

                                               que é chamado o Deus de toda a terra.

                Is 54:6 Porque o Senhor te chamou como a mulher desamparada

                               e triste de espírito; como a mulher da mocidade,

                                               que fora repudiada, diz o teu Deus:

                Is 54:7 Por um breve momento te deixei,

                               mas com grande compaixão te recolherei;

                Is 54:8 num ímpeto de indignação escondi de ti

                               por um momento o meu rosto;

                                               mas com benignidade eterna me compadecerei de ti,

                                                               diz o Senhor, o teu Redentor.

                Is 54:9 Porque isso será para mim como as águas de Noé;

                               como jurei que as águas de Noé não inundariam mais a terra,

                                               assim também jurei que não me irarei mais contra ti,

                                                               nem te repreenderei.

                Is 54:10 Pois as montanhas se retirarão,

                               e os outeiros serão removidos;

                                               porém a minha benignidade não se apartará de ti,

                                               nem será removido ao pacto da minha paz,

                                                               diz o Senhor, que se compadece de ti.

                Is 54:11Ó tu aflita arrojada com a tormenta e desconsolada

                               eis que eu assentarei as tuas pedras com antimônio,

                                               e lançarei os teus alicerces com safiras.

                Is 54:12 Farei os teus baluartes de rubis,

                               e as tuas portas de carbúnculos,

                                               e toda a tua muralha de pedras preciosas.

                Is 54:13 E todos os teus filhos serão ensinados do Senhor;

                               e a paz de teus filhos será abundante.

                Is 54:14 Com justiça serás estabelecida;

                               estarás longe da opressão, porque já não temerás;

                                               e também do terror, porque a ti não chegará.

                Is 54:15 Eis que embora se levantem contendas,

                               isso não será por mim; todos os que contenderem contigo,

                                               por causa de ti cairão.

                Is 54:16 Eis que eu criei o ferreiro, que assopra o fogo de brasas,

                               e que produz a ferramenta para a sua obra;

                                               também criei o assolador, para destruir.

                Is 54:17 Não prosperará nenhuma arma forjada contra ti;

                               e toda língua que se levantar contra ti em juízo,

                                               tu a condenarás;

                               esta é a herança dos servos do Senhor,

                                               e a sua justificação que de mim procede,

                                                               diz o Senhor.

O que garante ela livre da opressão é o fato de que os seus filhos serão ensinados do Senhor que conhecerá a paz de Deus, a justiça e o seu estabelecimento e assim longe estará da opressão porque já não mais temerá e também do terror porque não chegará a ela que conhece o seu Senhor que cuida dela – vs. 13 e 14.

Sentir ódio hoje e querer vingança na mesma moeda dos que odeiam o cristianismo e destroem igrejas, escolas e tudo que se liga ao Senhor e que executam os fiéis numa demonstração insana de poder e de terror é perder a batalha para quem já foi derrotado cujo fim está próximo quanto mais o dia do Senhor se aproxima.

A violência, as armas, a guerra, o terror pelo terror, a vingança e o ódio, a ira e a ostentação de poder não são o caminho que devemos tomar e se essa for a nossa escolha, já estamos derrotados ainda que vençamos o mal, pois seremos do mal agentes de terror.

p.s.: link da imagem original:

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Levany Júnior

Levany Júnior é Advogado e diretor do Blog do Levany Júnior. Blog aborda notícias principalmente de todo estado do Rio Grande do Norte, grande Natal, Alto do Rodrigues, Pendências, Macau, Assú, Mossoró e todo interior do RN. E-mail: [email protected]

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