Estudante é ‘escoltada’ pela mãe após levar surra em porta de escola pública


img-20140520-wa0002_1

31/05/2014 08h00 – Atualizado em 31/05/2014 08h00

 

Estudante é ‘escoltada’ pela mãe após
levar surra em porta de escola pública

Mãe e filha foram agredidas por três garotas em Piracicaba no último dia 19.
Aluna voltou a frequentar o colégio após uma das envolvidas ser transferida.

 

 

Do G1 Piracicaba e Região

 

 

Adolescente ficou com ferimentos nas costas após briga em escola em Piracicaba (Foto: Valter Valverde/Arquivo pessoal)Aluna ficou com ferimentos nas costas após briga fora da escola  (Foto: Valter Martins/Arquivo pessoal)

estudante de 11 anos agredida junto com a mãe por três adolescentes na porta da Escola Estadual Carolina Mendes Thame, no bairro Taquaral, em Piracicaba (SP), retornou às aulas nesta semana. A fotógrafa Janaina Aparecida Romualdo, de 33 anos, mãe da jovem, disse que a garota precisou mudar a rotina por questões de segurança. Agora, ela é escoltada por alguém da família na entrada e na saída das aulas. A mãe relatou ainda que uma das agressoras, de 12 anos, aluna da mesmo colégio, foi suspensa e será transferida.

Mãe de adolescente teve ferimentos na perna após briga em escola em Piracicaba (Foto: Valter Martins/Piracicaba em Alerta)A mãe da jovem agredida sofreu ferimentos nas
pernas (Foto: Valter Martins/Piracicaba em Alerta)

A briga ocorreu no última dia 19. A confusão teria começado após a estudante ter presenciado uma das agressoras, de 12 anos, fumando no banheiro e contado à direção da escola. A fotógrafa nega que a filha tenha “dedurado” a menina.

Outras duas adolescentes, ambas de 14 anos de idade, também participaram da agressão, mas não frequentam a instituição de ensino. Mãe e filha sofreram ferimentos na cabeça, costas e pernas na ocasião.

Janaina relatou que passou a acompanhar a filha no caminho para o colégio. “O sinal bate 13h, mas eu levo às 13h05 e ela só entra depois que todos já entraram na escola. Eu também a deixo dentro da sala de aula. Na saída, o sinal bate às 18h20, mas ela só sai às 18h30, quando todos já foram embora e não tem ninguém na rua”, disse a mãe.

A fotógrafa contou que tentou transferir a filha para outra instituição de ensino, mas por causa do período de Copa do Mundo não conseguiu vaga. Janaina até chegou a pensar em deixar a menina sem estudar por causa do trauma. “Ela sempre gostou de estudar. Teve uma reunião no conselho escolar e, com as pequenas mudanças e transferência da menina agressora, eu me sinto mais segura e ela também está bem mais tranquila.”

Novos rumos
Para evitar que a filha relembre a agressão, Janaina optou por não falar mais sobre o assunto em casa e tem buscado cursos para estimulá-la a pensar em outras coisas. “Acho que é uma boa saída. Nos primeiros dias após a agressão ela ficou abalada. Ela estava preocupada comigo por causa das minhas dores na cabeça, mas agora procuro não tocar mais no assunto e ela está melhor.”

Janaina Aparecida Romualdo está interdada com traumatismo craniano em Piracicaba (Foto: Edijan Del Santo/EPTV)Janaina Aparecida Romualdo foi internada com
trauma no crânio (Foto: Edijan Del Santo/EPTV)

Entenda o caso
A fotógrafa e a filha ficaram feridas após a briga com as três adolescentes na porta da escola. As vítimas tiveram vários ferimentos e a Janaina teve que voltar para o pronto-socorro no dia seguinte à agressão com fortes dores na cabeça. Segundo ela, os médicos constataram que houve uma rachadura no crânio devido às pancadas.

Após a briga, as agressoras foram abordadas por policiais militares na rua e as duas meninas de 14 anos negaram as acusações; elas disseram que apenas tentavam apartar. Já a outra menina, de 12 anos, confessou ter batido e afirmou que a aluna agredida era “cagueta” e “merecia apanhar”. Mais tarde, na delegacia, as adolescentes mudaram a versão e afirmaram que Janaina as teria agredido primeiro e por isso revidaram. As três adolescentes foram liberadas após assinatura de termos de compromisso e responsabilidade pelos pais ou responsáveis.

Secretaria da Educação
A Diretoria de Ensino de Piracicaba informou, por meio de assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Educação, que uma equipe de supervisores acompanhou a reunião do Conselho de Escola que definiu pela transferência da aluna que se envolveu na agressão. De acordo com a Diretoria, após a reunião a mãe foi informada sobre a decisão e optou por manter a filha no colégio estadual, que fica perto da casa da família. “Em nenhum momento houve pedido contrário da mãe”, relatou a pasta.

 

tópicos:

 

Rate this post



Levany Júnior

Levany Júnior é Advogado e diretor do Blog do Levany Júnior. Blog aborda notícias principalmente de todo estado do Rio Grande do Norte, grande Natal, Alto do Rodrigues, Pendências, Macau, Assú, Mossoró e todo interior do RN. E-mail: [email protected]

Comentários com Facebook




Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.