BREJINHO RN- PRESIDENTE DA AMLAP DEU O GRITO DE SOCORRO PARA SALVAR A MONOCULTURA DA MANDIOCA NO AGRESTE


PRESIDENTE DA AMLAP DEU O GRITO DE SOCORRO PARA SALVAR A MONOCULTURA DA MANDIOCA NO AGRESTE

Político com trinta anos de vida pública, na tarde desta quarta-feira(10), na cidade de Brejinho,o prefeito anfitrião e presidente da Associação dos Municípios do Litoral e Agreste Potiguar – AMLAP, João Gomes, convidado para discursar dando boas vindas aos representantes do corpo técnico e administrativo do Banco do Nordeste, como também para os prefeitos e auxiliares dos municípios de Lagoa de Pedras, Lagoa Salgada, Monte Alegre, Nova Cruz, Santo Antonio, Serrinha e Vera Cruz, que integram o Comitê Gestor da Mandiocultura do Território Agreste e Litoral Sul, além de outros órgãos de apoio ao homem do campo, soltou grito em favor da monocultura da mandioca, importante matéria  prima do setor primário da economia, que num passado recente foi responsável pela permanência do homem no campo, gerando riquezas na região.

 

“Aqui estão todas as pessoas que podem ouvir e resolver, ou levar o recado para quem de fato possa resolver”, Esse foi o tom do pronunciamento do municipalista do Agreste. João Gomes disse que o assunto discutido hoje no Teatro Municipal, se tivesse sido realizado há 20 ou 30 anos, teria que ser no Estádio Municipal de Futebol, em virtude do grande número de famílias que trabalhavam com o cultivo e beneficiamento da mandioca.

João Gomes lembrou que no ano de 1990, no exercício do mandato de presidente da Câmara Municipal de Brejinho, participou de uma reunião na cidade de Santo Antonio, com representantes de instituições financeiras e agentes governamentais, que trataram sobre a implantação de uma unidade de industrialização da fécula de mandioca para o Agreste. “Entrou governo, saiu governo e até os dias atuais uma só pedra daquela indústria não foi colocada em solo agresteiro”, ressaltou o prefeito.

O presidente da AMLAP disse ainda que é lamentável a situação em que se encontra o produtor de mandioca do Agreste. ” O município de Brejinho chegou a ter 42 casas de farinha em pleno funcionamento, beneficiando a mandioca e gerando riquezas para o nosso povo. Atualmente, apenas quatro delas estão com suas atividades normais, tudo isso em decorrência das exigências cobradas pelo Ministério do Trabalho e a falta de incentivos por parte dos governos passados.

Falam por aí que o Governo Federal está quebrado, quebrados estão ficando os municípios, e pobres estão os agricultores que não têm se quer um banco para sentar. O Governo federal é dono de cinco bancos, dentre eles o Banco do Brasil, a Caixa Econômica e o BNDES, que possuem linhas de financiamento que, ao invés de ajudar sufocam os pequenos produtores rurais e esse modelo de auxílio à produção precisa ser reformulado pelo governo atual. Os bancos oficiais não precisam ganhar muito sobre quem produz com as próprias mãos a verdadeira riqueza deste país, que é a agricultura. Graças a Deus podemos contar com o apoio e a parceria do Banco do Nordeste, mas ele sozinho ainda é muito pouco, o pequeno agricultor precisa, além do incentivo financeiro, ter acesso à qualificação e melhorias técnicas no campo”, destacou.

João Gomes citou as distorções regionais, enfocando que ” nós vivemos um Brasil dentro do outro, quando chegamos na região Centro Oeste parece que estamos na Europa, no Sul a realidade é a mesma, nessas regiões quem possui menos gado tem mil cabeças no curral, lá eles reclamam quando passam sessenta dias sem chuvas, aqui suportamos nove meses sem as nuvens de chuvas aparecerem, essa é a realidade da nossa região. Costumávamos produzir 24 mil quilos de mandioca por hectare, atualmente quando colhemos 10 mil quilos por hectare dizemos que a roça deu boa, essa realidade precisa mudar. O Banco do Nordeste hoje tenta reparar todos esses danos causados no passado e, por isso, somos gratos ao superintendente do BNB, que nos prestigia neste momento de dificuldades, como também aos demais técnicos que estão aqui de mãos dadas com os agricultores do Agreste”, agradeceu.

O Programa de Desenvolvimento Territorial do Banco do Nordeste incorpora um conjunto de estratégias com o objetivo de potencializar a competitividade das atividades produtivas regionais, como a construção e implementação de plano de ação e dotação orçamentária para financiamentos, o fortalecimento da governança por meio de comitês locais e territoriais, além da integração das políticas públicas necessárias ao desenvolvimento local e territorial.

O evento também contou com apoio das prefeituras municipais de Brejinho, Lagoa Salgada, Lagoa de Pedras, Monte Alegre, Vera Cruz, Serrinha, Santo Antônio, Nova Cruz, Emater/RN, do SEBRAE, Governo Cidadão, e do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Agricultores e Agricultoras Familiares.

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