Assú RN; Aécio se diz aliviado após rompimento com Cunha


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Foto: Givaldo Barbosa / Agência O Globo

Dizendo-se aliviado por tirar Eduardo Cunha e o impeachment como prioridade de uma pauta que se arrasta há quatro meses no PSDB, o presidente do partido, Aécio Neves (MG), fará um pronunciamento durante a propaganda eleitoral gratuita no dia 8 de dezembro e apresentará, em uma confraternização com principais colaboradores e lideranças tucanas, o que chama de o novo caminho que o partido vai trilhar. O dirigente tucano diz que, com foco no social, será apresentado um diagnóstico da situação atual do país e uma agenda propositiva para mostrar caminhos para a saída da crise.

Esse novo caminho já se reflete nos dois novos movimentos do PSDB essa semana: o rompimento com Cunha e disposição de discutir apoio a algumas matérias do ajuste fiscal que não passem por aumento de impostos, como a CPMF. Na quinta-feira, Aécio já anunciou a disposição de negociar com o governo o apoio de propostas que ajudem o equilíbrio fiscal, como a Desvinculação de Recursos Orçamentários (DRU).

No caso dos vetos bomba, o PSDB também deve votar pela manutenção. Aécio diz que, além da cobrada correção de rumos, o PSDB não venceu as eleições, mas não desistiu do programa de governo apresentado na campanha. Ele reafirmou que a responsabilidade pela crise social e moral que o país atravessa hoje é da presidente Dilma, do PT e do ex-presidente Lula, mas o PSDB não vai deixar de fazer a sua parte.

— Vou entrar no ar no início de dezembro, não vou só dar pancada. Vou falar também de esperança. Não vamos fazer como o PT que, durante nosso governo, encontrava vício de origem em tudo que vinha do Palácio, como a Lei de Responsabilidade Fiscal e o Plano Real. A DRU, achamos necessária, como um instrumento que usamos largamente no passado e não vai ser por aí que vamos desgastar o governo. O Orçamento é muito engessado. É preciso recursos para ações de saúde e educação. Somos oposição ao governo e não ao Brasil — diz Aécio.

Nesta quinta-feira, o líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), foi ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) comunicar a ministra Maria Theresa que o partido não irá entrar com recurso para tirá-la da relatoria da Ação de Impugnação de Mandato Eletivo (AIME), em que ela foi voto vencido pelo arquivamento das investigações de crime na campanha de Dilma e Temer, mas mesmo assim foi mantida como relatora. O PSDB manifestou confiança na condução da ministra nessa nova etapa da ação, mas pediu celeridade.

Sobre o impeachment, a avaliação é que caberá a Cunha, acuado, encaminhar o processo para resgatar algum apoio na sociedade. Aécio também acha que a decisão do PSDB e de outros partidos da oposição de apoiar o afastamento de Cunha da Presidência da Câmara vai acabar influenciando a maioria da composição da Câmara a votar pela abertura do processo de cassação de Cunha no Conselho e depois no plenário.

— Estou aliviado. O que um presidente de partido tem que fazer nessa situação? Tinha um monte de assombração no nosso caminho, que nos angustiava há quatro meses. Fizemos o que é certo, na hora certa. O impeachment não pode ser a pauta única de um partido. Agora é o Eduardo Cunha quem tem de decidir se há razão ou não para encaminhar o processo. Não cabe ao PSDB decidir isso. Estamos tomando nosso caminho e ele que tome o dele — disse Aécio, informando que a repercussão foi muito positiva e deixou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso “muito feliz”.

O Globo

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Levany Júnior

Levany Júnior é Advogado e diretor do Blog do Levany Júnior. Blog aborda notícias principalmente de todo estado do Rio Grande do Norte, grande Natal, Alto do Rodrigues, Pendências, Macau, Assú, Mossoró e todo interior do RN. E-mail: [email protected]

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