ALTO DO RODRIGUES RN-Tempo está ruim para as financeiras


156056Ricardo Araújo
Repórter

Por todos os lados da cidade, anúncios ofertam a contratação de empréstimos a juros baixos e sem consultas aos órgãos de proteção ao crédito. Para aposentados, pensionistas e servidores públicos, as facilidades são ainda maiores, pois a parcela vem descontada direto no contra-cheque. Apesar da oferta, assim como em outros setores da economia, as Financeiras encerraram 2014 na contramão do seu objetivo comercial: emprestando menos.

Joana LimaFinanceira em Natal: Crédito fácil e sem burocracia, mas movimento no setor foi reduzidoFinanceira em Natal: Crédito fácil e sem burocracia, mas movimento no setor foi reduzido

A menor contratação de crédito se refletiu, inclusive, na baixa das vendas na véspera dos festejos natalinos. Em anos anteriores, conforme relatos de operadores de financeiras, muitos contratos eram assinados com vistas às compras de presentes e roupas para as festas de Natal e Ano Novo. Segundo levan-tamento recente publicado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), as vendas recuaram 0,7% no país. O índice representa a primeira queda em cinco anos. Em Natal, a Câmara de Dirigentes Lojistas da cidade estimou queda de até 5% nas vendas de fim de ano para alguns setores.

Nas principais avenidas comerciais da Cidade Alta e Alecrim, na capital, a maioria das lojas que ofertam empréstimo facilitado permanece vazia ao longo do dia e os poucos clientes que entram não são novos. Muitos buscam a renegociação do crédito previamente aprovado e/ou em fase de pagamento. “A contratação de empréstimos caiu em relação aos anos anteriores, pois a taxa de juros e a inflação influenciaram muito no nosso setor, que depende da liberação dos empréstimos”, assegurou Jacqueline Tavares Costa, operadora de uma das financeiras instaladas na capital potiguar.

Queda
O total de contratações caiu nas financeiras que atuam em Natal. Somente em uma delas, a queda no volume negociado através de contratos foi de 16,66% em 2014 comparando com o mesmo período do ano passado. “De uma média de R$ 300 mil mensais em 2013, hoje fechamos o mês com R$ 240 mil ou R$ 250 mil em contratos. O cenário é ruim atualmente”, disse a atendente Jacqueline Tavares Costa. No mesmo intervalo de tempo, e em decorrência da impossibilidade de honrarem dívidas e obrigações contratuais, os bancos especialistas em financiamentos, como o Morada, Rural e Cruzeiro do Sul, encerraram suas atividades.

No geral, qualquer pessoa que apresentar comprovante de renda com vencimentos a partir de um salário mínimo pode contratar um empréstimo com juros da ordem dos 2% mensais. O público-alvo das financeiras, porém, é o aposentado, servidor público ou pensionista, que consignam a dívida ao desconto direto no contra-cheque.

A TRIBUNA DO NORTE entrou em contato com o Banco Central para detalhar os valores disponibilizados em empréstimos pelas financeiras, assim como índices de inadimplência e estatísticas de contratos nos anos de 2013 e 2014. A assessoria, porém, não respondeu aos questionamentos até o fechamento desta edição.

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Levany Júnior

Levany Júnior é Advogado e diretor do Blog do Levany Júnior. Blog aborda notícias principalmente de todo estado do Rio Grande do Norte, grande Natal, Alto do Rodrigues, Pendências, Macau, Assú, Mossoró e todo interior do RN. E-mail: [email protected]

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