ALTO DO RODRIGUES RN -Advogados dizem não ter tido acesso a presos na nova fase da Lava Jato


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15/11/2014 15h42 – Atualizado em 15/11/2014 18h11

Advogados dizem não ter tido acesso a presos na nova fase da Lava Jato

Sétima etapa da operação, deflagrada nesta sexta (14), levou 20 à prisão.
Advogados estiveram na Superintendência da PF em Curitiba.

Filipe MatosoDo G1, em Curitiba

Advogados de presos na sétima fase da Operação Lava Jato reclamaram neste sábado (15) da falta de acesso aos clientes, detidos na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba (PR). Dois advogados que foram ao local onde estão os presos falaram com a imprensa nesta tarde e afirmaram ter entrado com pedidos junto à Justiça do Paraná.

 

OPERAÇÃO LAVA JATO
PF investiga lavagem de dinheiro.

A sétima fase da Operação Lava Jato – que investiga um esquema de lavagem e desvio de dinheiro estimado em R$ 10 bilhões –, deflagrada na sexta (14), teve como foco executivos e funcionários de nove grandes empreiteiras, que apenas com a Petrobras têm contratos que somam R$ 59 bilhões. Parte destes contratos está sob avaliação da Receita Federal, do Ministério Público Federal (MPF) e da Polícia Federal. Ao todo, foram expedidos 85 mandados em cidades do Paraná, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Recife e Distrito Federal. Os mandados foram expedidos pela Justiça Federal do Paraná, responsável pelas investigações.

O advogado Juliano Breda, que representa presos ligados à OAS, afirmou ter pedido à Justiça do Paraná acesso a seus clientes. “[A defesa] requereu judicialmente no plantão que todos os advogados possam ter acesso aos seus clientes, que é um direito fundamental tanto de cidadãos como do próprio advgoado de ter acesso pessoal e reservado com cada cliente”, afirmou Breda.

De acordo com o advogado Alberto Toron (veja vídeo acima), a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Paraná entrou com mandado de segurança para que os responsáveis pelas defesas possam ter acesso aos clientes – ele, porém, não quis dizer quem representa no processo.

“Isso é o mínimo do mínimo, você ter acesso ao seu cliente preso. Nós não conseguimos [falar com os clientes], estamos aqui desde a parte da manhã e não conseguimos. Isso gera uma insegurança muito grande, além de representar uma flagrante ilegalidade em relação ao que dispõe o estatuto do advogado”, afirmou Toron.

Durante a tarde, vários advogados estiveram na Superintendência da PF em Curitiba. Alguns deles pediam para falar com os clientes e, outros, traziam alimentos. O G1 tentou contato com a assessoria da Polícia Federal no Paraná, mas não obteve retorno.

Depoimentos
Os presos da sétima fase da Operação Lava Jato começam a prestar depoimento neste sábado na Superintendência da Polícia Federal (PF) em Curitiba. Um avião, com 16 suspeitos, deixou o Rio de Janeiro e chegou à capital paranaense por volta das 4h20. Além destes, também prestarão informações quatro investigados que se entregaram voluntariamente à polícia na noite de sexta-feira (14). Todos são ligados ao alto escalão de  empreiteiras que possuem contratos com a Petrobras.

De acordo com a Polícia Federal, até o início da tarde deste sábado 21 pessoas haviam sido presas na operação. Mais cedo, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, havia dito que eram 19 os presos.

Os quatro investigados que se entregaram diretamente na superintendência da Polícia Federal em Curitiba são Valdir Lima Carreiro, da Iesa, Sérgio Cunha Mendes, da Mendes Júnior, Newton Prado Jr, da Engevix, José Aldemário Pinheiro Filho, da OAS. Assim como os demais, eles estão detidos.

VALE ESTE - Arte Lava Jato 7ª fase (Foto: Infográfico elaborado em 15 de novembro de 2014)

 

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Levany Júnior

Levany Júnior é Advogado e diretor do Blog do Levany Júnior. Blog aborda notícias principalmente de todo estado do Rio Grande do Norte, grande Natal, Alto do Rodrigues, Pendências, Macau, Assú, Mossoró e todo interior do RN. E-mail: [email protected]

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