Alto do Rodrigues RN;Sob reações variadas, Dilma pede “parceria do Congresso”


Jornal GGN – Apesar das tentativas de vaias da bancada de parlamentares da oposição, a presidente Dilma Rousseff concluiu o discurso de abertura do ano Legislativo pedindo “parceria do Congresso” para retomar o crescimento da economia. “Preciso da contribuição do Congresso para dar sequência à estabilização fiscal e assegurar a retomada do crescimento. Esses objetivos não são contraditórios”, disse Dilma.
Antes de dar início à leitura do discurso, a presidente chegou por volta das 16h desta terça na cerimônia, acompanhada do ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini e da Comunicação, Edinho Silva. Recepcionada, Dilma cumprimentou friamente o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e com naturalidade o do Senado, Renan Calheiros e do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski. Os ministros José Eduardo Cardozo (Justiça), Gilberto Kassab (Cidades), Aloizio Mercadante (Educação) e Izabela Teixeira (Meio Ambiente) também esperavam a presidente.
Em sua fala, Dilma chamou os parlamentares ao diálogo e defendeu a recriação da CPMF como medida excepcional para o país retomar o equilíbrio fiscal a curto prazo. Quando a presidente tocou no tema da CPMF e da aprovação da DRU (Desvinculação de Receitas da União), a oposição iniciou uma vaia, que logo foi abafada pelos aplausos dos governistas. “Neste ano legislativo, queremos construir maus uma vez com o Congresso uma agenda priorizando as medidas que vão permitir a transição para uma reforma fiscal”, disse.
Dilma defendeu a reforma “para preservar programas sociais e investimentos” e afirmou que a crise econômica é um momento “muito doloroso” para ser desperdiçado.
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que fez um discurso de improviso, baixou o tom de crítica ao governo diante da presença de Dilma. “A Câmara não se furtará a examinar nenhuma proposta do Poder Executivo, embora não haja consenso de que o aumento da carga tributária seja a solução para o combate à crise”, afirmou.
O gesto da presidente de ir pessoalmente ao Congresso para a leitura da mensagem do Poder Executivo foi visto com reações opostas entre congressistas da oposição e do governo. “É muito maior que qualquer piada de um ou outro deputado da oposição, é um gesto de civilidade, um discurso forte e acima de tudo uma estadista”, disse o líder do governo na Câmara, o deputado José Guimarães (PT-CE).
Já o senador e presidente nacional do PSDB, Aécio Neves (MG), disse que a ida de Dilma ao Congresso foi só pra “fazer fotografia”. “Nenhuma palavra em relação aos equívocos do governo em relação a condução da politica macroeconômica no ano passado, nenhuma palavra sobre o conjunto de denúncias que estão sobre o governo. Então, é uma presidente que busca isolar-se de algo que não é possível mais isolar”, afirmou o tucano.
O líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO), disse que a presidente Dilma Rousseff “não encantou ninguém” e que a sua mensagem poderia ser resumida em “novos impostos ou aumento de tarifas de impostos”.

Brasília - A presidenta Dilma Rousseff cumprimenta o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, na abertura do Ano Legislativo,  no Congresso Nacional (Wilson Dias/Agência Brasil)
Brasília – A presidenta Dilma Rousseff cumprimenta o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, na abertura do Ano Legislativo, no Congresso Nacional (Wilson Dias/Agência Brasil)
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Levany Júnior

Levany Júnior é Advogado e diretor do Blog do Levany Júnior. Blog aborda notícias principalmente de todo estado do Rio Grande do Norte, grande Natal, Alto do Rodrigues, Pendências, Macau, Assú, Mossoró e todo interior do RN. E-mail: [email protected]

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