Em Neemias 3, vemos que a disposição de Neemias contagia todo o povo. O projeto que começou em oração começa agora, a materializar-se. Este homem de Deus é um exemplo a ser seguido. Todo líder deveria conhecer de perto a história e a vida dele.

  

Neemias não apenas encorajou o povo a fazer, ele mesmo diretamente, com a “mão na massa”, participou da obra. Muitos líderes apenas dizem o que deve ser feito, mas não participam da execução do projeto. Querem viver na pompa, no glamour da liderança e muitas vezes conhecem apenas a teoria.

No caso de Neemias, ele lidera pela capacidade e exemplo. Suas palavras se tornam realidade, a partir de sua atitude e sobretudo, relacionamento com Deus.

Com isso, vemos neste capítulo que todos participaram com empenho e realizaram a obra ao redor da cidade.

Esboço de Neemias 3:

Neemias 3.1,2: Da Porta do Gado até a Porta do Peixe

Neemias 3.3 – 5: Da Porta do Peixe até a Porta Velha

Neemias 3.6 – 12: Da Porta Velha até a Porta do Vale

Neemias 3.13,14: Da Porta do Vale até a Porta do Monturo

Neemias 3.15: Da Porta do Monturo até a Porta da Fonte

Neemias 3.16 – 26: Da Porta da Fonte até a Porta das Águas

Neemias 3.27 – 32: Da Porta dos Cavalos até a Porta do Gado

Destacados Pelo Trabalho

“O SUMO SACERDOTE ELIASIBE E OS SEUS COLEGAS SACERDOTES COMEÇARAM O SEU TRABALHO E RECONSTRUÍRAM A PORTA DAS OVELHAS. ELES A CONSAGRARAM E COLOCARAM AS PORTAS NO LUGAR. DEPOIS CONSTRUÍRAM O MURO ATÉ A TORRE DOS CEM, QUE CONSAGRARAM, E ATÉ A TORRE DE HANANEEL”. (NEEMIAS 3:1)

Os ministros devem estar à frente de qualquer boa obra; porque o seu ofício os obriga a ensinar e a estimular pelo exemplo, bem como pela doutrina. Se existe a necessidade de trabalhar, quem está mais apto para trabalhar do que eles? Se há perigo, quem está mais apto para aventurar-se do que eles?

A dignidade do sumo sacerdote era muito grande e o obrigou a distinguir-se nesse serviço. Os sacerdotes repararam a Porta do Gado, chamada assim porque por meio dela eram trazidas as ovelhas que deveriam ser sacrificadas no Templo.

E, portanto, os sacerdotes incumbiram-se de repará-la, porque a sua herança eram as ofertas queimadas ao SENHOR. Acerca dessa porta, lemos que eles a consagraram com a palavra e oração, e talvez com sacrifícios.

Possivelmente porque ela levava ao Templo. Ou porque com isso a edificação do muro começou, e é provável (embora estivessem trabalhando em todas as partes do muro ao mesmo tempo) que essa parte tenha sido terminada primeiro, e, por essa razão, nessa porta eles solenemente consagraram sua cidade e os muros dela à proteção divina.

Ou porque os sacerdotes eram os edificadores dela; e convêm aos ministros, acima dos outros, que estejam eles próprios, de uma maneira particular, consagrados a Deus, para consagrar a Ele todas as suas realizações, e para realizar suas atividades comuns segundo Deus.

Juntos Somos Melhores

Os empreiteiros eram muitos, e cada um se responsabilizava por uma parte, alguns mais, outros menos, nessa obra, de acordo com a sua habilidade.

Aquilo que deve ser feito para o bem público deve contar com a colaboração de todos, de acordo com as suas possibilidades. A força unida conquistará aquilo a que nenhum indivíduo ousaria aventurar-se. Muitas mãos tornarão o trabalho leve.

No entanto, muitos não eram habitantes de Jerusalém colaboraram nessa obra, e, portanto, consideravam puramente o bem-estar público e não tinham interesse particular algum ou vantagem própria.

Lemos acerca dos homens de Jericó (v.v – 2), dos homens de Gibeão e Mispa (v.v – 7), e de Zanoa (v.v – 13). Cada israelita deveria oferecer uma mão na edificação de Jerusalém.

Magistrados Ativos

Muitos magistrados ou maiorais, tanto de Jerusalém como de outras cidades, estavam ativos nessa obra, sentindo-se honrados em participar dessa obra.

Eles estavam dispostos a fazer o máximo conforme a sua riqueza e poder os capacitavam a fazer. Mas é digno de nota que eles são chamados de maiorais de uma parte, ou da metade, das suas respectivas cidades.

Um era maioral da meia parte de Jerusalém (Neemias 3.12), outro do distrito (parte) de Bete-Haquerém (Neemias 3.14), outro do distrito (parte) de Mispa (Neemias 3.15), outro da metade de Bete-Zur (Neemias 3.16); um era maioral da metade de Queila, e outro da outra meia parte de Queila (Neemias 3.17,18).

Talvez o governo persa não confiasse uma cidade forte a uma única pessoa, mas nomeasse duas, para uma cuidar da outra. (Henry, Matthew, Comentário de Josué a Ester)