Por Antônio Galdino (Folha Sertaneja)
Se a Chesf não tivesse construído a sua primeira Usina hidrelétrica nestas terras sertanejas e muitas outras durante 50 anos, não haveria o município de Paulo Afonso e muitos outros da região.
A luta de Abel Barbosa e alguns pioneiros a partir do ano de 1950 para a emancipação política de Paulo Afonso mudou a história desta região.
Mas, toda a história começou mesmo ainda no século XVIII, há 300 anos, nas margens do rio São Francisco, na divisa dos Estados da Bahia e Alagoas ao lado de várias quedas dágua, quando se passou a conhecer o nome Paulo Afonso.
Vários nomes entram nessa história. Um engenheiro alemão/brasileiro, Henrique Halfeld, o Imperador D. Pedro II, o poeta baiano Castro Alves, o cearense Delmiro Gouveia. Há pouco mais de 70 anos, outros nomes também participaram da história dessa região: o pernambucano Apolônio Sales, o gaúcho Getúlio Vargas, um mato-grossense, Eurico Gaspar Dutra, um carioca Antônio José Alves de Souza.
Um potiguar, João Fernandes Campos Café Filho, o único presidente da República potiguar, nascido em Natal/RN e o primeiro presidente evangélico (presbiteriano) do Brasil, inaugurou em 15 de Janeiro de 1955, a segunda grande usina hidrelétrica do Nordeste, a primeira subterrânea da América Latina e levou a “luz de Paulo Afonso” para a região. A primeira usina hidrelétrica, como lembra o Professor Reginaldo, do CFPPA, foi, de fato a Usina Angiquinho, em 1913, por Delmiro Gouveia.
Um pernambucano, sanfoneiro, cantador nascido em Exu, espalhou a história da Chesf pelo mundo a fora na música Paulo Afonso, um baião, criado por Zé Dantas, médico, compositor, outro pernambucano, de Carnaíba, no mesmo ano de 1955 em que era inaugurada a primeira usina da Chesf em Paulo Afonso.
Delmiro deu a ideia
Apolônio aproveitou
Getúlio fez o decreto
E Dutra realizou
O presidente Café
A usina inaugurou
E graças a esse feito
De homens que tem valor
Meu Paulo Afonso foi sonho
Que já se concretizou
Olhando pra Paulo Afonso
Eu louvo nosso engenheiro
Louvo o nosso “cassaco”
Caboclo bom verdadeiro
Eu vejo o Nordeste
Erguendo a bandeira
De ordem e progresso
A nação brasileira
Vejo a indústria gerando riqueza
Findando a seca
Salvando a pobreza
Ouço a usina feliz mensageira
Dizendo na força da cachoeira
O Brasil vai, o Brasil vai
O Brasil vai, o Brasil vai…
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